quinta-feira, 10 de abril de 2025

Com expectativa de sangrar, açude Orós forma ‘véu de noiva’

Foto Edison Freitas
As margens do Açude Orós banham o território de três municípios do Centro-Sul do Estado: Iguatu, Quixelô e aquele que leva o mesmo nome do açude. E é na cidade de Orós que você pode ver a força da água do segundo maior reservatório do Ceará, atrás apenas do Castanhão. Bem perto do centro, fica a válvula do açude. O efeito dela ganhou o nome de “véu de noiva”.

O local atrai turistas e moradores diariamente. No fim de semana fica disputado. Ao lado da válvula, existe uma plataforma onde se pode sentir a água respingar. Os mais corajosos até tomam banho.

A vazão atual passa dos 700 litros por segundo. E a água que sai da válvula do açude não é usada no consumo humano, mas ajuda no abastecimento do Açude Castanhão.

Para o agricultor José Renê, só assistir ao espetáculo aquático já vale a pena: “Às vezes, quando estou com uma preocupação na cabeça, venho aqui, olho para a água jorrando e fico mais calmo”.

Para além desse atributo relaxante, a válvula garante a perenização do Rio Jaguaribe, que é temporário e ficaria seco durante vários meses se o Orós não existisse.

“O véu de noiva, além de atender à perenização, ajuda no atendimento das comunidades. E há ainda uma questão ambiental. Sai da válvula a água do fundo do reservatório, pobre em oxigênio, que acaba sendo oxigenada”, explica Cássio Sales, coordenador de núcleo de operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) no Alto Jaguaribe.

Com informações do Diário do Nordeste.