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Foto Thiago Gadelha |
Cursar o Ensino Médio e passar entre 7h e 9h horas por dia na escola. Essa é a realidade de 54,6% dos jovens alunos da rede pública (estadual e federal) no Ceará. O dado consta no Censo Escolar 2024, divulgado nesta quarta-feira (9), pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Com essa proporção, o Ceará avançou para a segunda posição dentre 26 estados do Brasil. Apenas Pernambuco tem uma proporção maior de alunos do Ensino Médio em tempo integral, com 69,6% das matrículas. No Brasil, a proporção é de 23,1%.
No Ceará, essa proporção tem avançado ano a ano, conforme constatam os indicativos do Censo divulgados anualmente. Na edição de 2023, a pesquisa, que é o principal levantamento estatístico da educação básica brasileira, indicava que o Ceará tinha 49,1% dos alunos desta etapa matriculados nesta modalidade de jornada ampliada. Naquele ano, a Paraíba aparecia na lista em 2º lugar. Agora, está em 3º.
No Brasil, a Lei Federal 14.640 de 2023 estabelece que são consideradas matrículas em tempo integral "aquelas em que o estudante permanece na escola ou em atividades escolares por tempo igual ou superior a 7 horas diárias ou a 35 horas semanais, em 2 turnos, desde que não haja sobreposição entre os turnos, durante todo o período letivo".
Na coletiva de divulgação, o diretor de estatística do Inep, Carlos Eduardo Moreno, reforçou que o crescimento das matrículas no tempo integral sinalizam que "há politicas em curso" para gerar esse resultado. Além disso, pondera que o fluxo escolar também pode gerar esse efeito, e isso tem relação com taxas de aprovação (que só serão divulgadas depois).
Ele destaca que em todas as etapas de ensino a percepção é de um movimento consistente de aumento das matrículas em tempo integral, muito embora as redes guardem diferenças no ritmo de implementação.
Com informações do Diário do Nordeste.