quinta-feira, 24 de abril de 2025

Casal cearense homoafetivo relembra bênção na Igreja Católica após autorização do Papa Francisco

Foto Arquivo pessoal
Era fevereiro de 2024 e fazia pouco mais de 30 dias que o Vaticano havia anunciado, em dezembro de 2023, que estava permitido aos padres da Igreja Católica conceder bênçãos a casais do mesmo sexo em igrejas, quando os cearenses Gustavo Salgado - professor de educação física - e Marcos Campos - cientista político, unidos desde 2017 e casados no civil desde 2021, receberam a bênção, em uma capela de Fortaleza, na presença dos pais, parentes e amigos de ambos. 

A autorização, formalizada pelo Papa Francisco no documento “Fiducia supplicans”, estabeleceu para o mundo, a partir daquela data (18 de dezembro de 2023), que padres, caso queiram, podem administrar bênçãos pastorais a casais do mesmo sexo. E isso não significa uma permissão da Igreja Católica para o casamento religioso entre esses casais.

O movimento formalizado a partir de um posicionamento histórico do Papa falecido na última segunda-feira (21), sinalizou a possibilidade de bênção aos casais do mesmo sexo (e não a união deles) e é considerado um “avanço” para esta população.

Na época, as análises fora e dentro da Igreja, apontaram que Francisco caminhou para aproximar a instituição do público LGBTQIA+, reiterando outros movimentos "reformistas” do seu pontificado, que durou 12 anos.

Agora, com o Papa morto e com o cumprimento de processos que definirão o futuro da Igreja Católica, o casal de cearenses relembra a expressão e a relevância desse “progresso”, que tomou forma com a liberação desta bênção pastoral. A torcida, diz um deles, é para que nos próximos períodos “não haja retrocessos”.

Com informações do Diário do Nordeste.