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Foto Divulgação/Aprece |
Quixadá, no Sertão Central do Ceará, pode receber investimento de mais de R$ 100 milhões para a instalação de seis indústrias na zona rural do município. A expectativa é de que mais de 300 empregos diretos e 500 empregos indiretos sejam gerados.
Dentre as companhias que podem se instalar no espaço, está a mineradora DCL – com investimento previsto de R$ 25 milhões -, para trabalhar com a extração de lítio, mineral utilizado para a confecção de baterias para carros elétricos, celulares e notebooks. As produções poderão ser escoadas para o exterior, por meio da Transnordestina, que vai ligar o município ao Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante.
A prefeito de Quixadá, Ricardo Silveira (PSD), detalhou que, neste seu segundo mandato, a gestão está trabalhando com a otimização do desenvolvimento econômico da cidade. Como explicou o chefe do Executivo municipal, além da DCL, também deve se instalar uma indústria do setor do agronegócio. Devido ao processo ainda estar em tramitação, as demais companhias não puderam ser reveladas.
O terreno para a instalação das indústrias, próximo à comunidade Café Campestre, a 12,8 km da sede, já está pronto para recebê-las. No local, já funciona uma subestação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), empresa que atua na geração e transmissão de energia. “É um local muito estratégico para esses investidores, porque tanto tem energia como tem a Transnordestina”.
O prefeito detalhou também que o município está potencializando o seu polo de avicultura, já que a Transnordestina vai ter como principal produto o transporte de grãos. Sobre isso, ele destacou a possibilidade de um porto seco no município, frisando, no entanto, que, “por se tratar de uma questão alfandegária”, a decisão de onde estarão localizados os portos secos da Transnordestina deve ser discutida em um momento posterior. Entretanto, o prefeito ressaltou os pontos positivos para a implantação de um equipamento do tipo em Quixadá.
“Por exemplo, quando o lítio estiver aqui com o seu potencial maior, será uma grande fonte de exportação de produto, de uma grande quantidade de produto”, disse. “Não acredito que, a priori, nesse momento, será colocado um porto seco em nenhum município aqui. O que nós estamos trabalhando agora é para que torne-se viável o crescimento de exportação aqui no município de Quixadá”, completou.
EXTRAÇÃO DE LÍTIO
Sobre a instalação da DCL na cidade, o gestor explicou que resta apenas a Agência Nacional de Mineração (ANM) conceder outorga para que a empresa trabalhe com a produção de 300.000 toneladas do mineral por mês. O prefeito vai a Brasília nesta quarta-feira (12) para tratar sobre o assunto. De Minas Gerais, os representantes da companhia já possuem mais de 50 áreas de exploração em Quixadá e em municípios próximos.
Atualmente, a ANM já concedeu outorga para que a DCL produza 3.000 toneladas por mês. Para instituir uma indústria, no entanto, a empresa necessita de uma permissão maior para que o negócio se torne compensatório economicamente. “Pela pretensão dos próprios investidores, eles queriam já ter iniciado. (…) Eles conseguiram uma quantidade ainda pequena para o investimento que vai ser aqui no município, por isso que eles não querem investir ainda”.
Segundo Silveira, ele já levou os investidores para uma reunião com o secretário do Desenvolvimento Econômico do Ceará, Domingos Filho (PSD), e pretende marcar uma ida a Brasília para conversar diretamente com o diretor-geral da ANM, Mauro Henrique Moreira Sousa. “[Vou] explicar para eles a importância que tem essa outorga para que a gente possa viabilizar e fomentar o desenvolvimento econômico aqui no município de Quixadá”, finalizou.
Com informações do Site Opinião CE.