quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Chineses remoldam o Centro de Fortaleza e somam milhões de seguidores em redes sociais

Foto Diário do Nordeste 
Lin Yihui conhecia o Brasil apenas por televisão. As festas, a música e o churrasco o encantavam. Em 2010, com 22 anos, visitou o País pela primeira vez e percebeu que, além de "turistar", empreender em terras brasileiras poderia ser vantajoso.

Ele largou a vida em Fujian, no sudeste da China, onde trabalhava como vendedor de siri, para montar a própria loja de produtos importados. Dentre as diversas cidades visitadas, a escolhida foi Sobral, no norte do Ceará.

“Vim ao Brasil passear, vi outros amigos chineses com lojas de importados, e achei interessante o ramo. Chegando em Sobral, eu vi que não tinha muitos concorrentes e resolvi abrir o negócio na cidade”, lembra.

De início, montou o negócio sozinho. Após três anos, foi acompanhado pela esposa, que passava uma temporada na Grécia. O casal teve a sua primeira filha em Sobral, hoje com três anos, e administra duas lojas de importados.

A segunda loja se tornou necessária seis anos após a abertura da primeira, considerando a alta demanda pelos produtos. As duas unidades da Alex Variedades, em menção ao nome brasileiro escolhido por Lin Yihui, estão no centro de Sobral.

Lin Yihui destaca que o alto volume de compras no varejo e atacado permite a empresa adotar um preço bastante competitivo. Com o crescimento do faturamento, ele conseguiu melhorar as condições de vida da família.

“De início, a minha família não aceitou que eu viesse para o Brasil. Queria que eu fosse para outros países. Agora, eles estão felizes por minhas conquistas. Porém, a situação envolve muitas saudades da parte deles e da minha”, afirma.

Se há dez anos a mudança para empreender em outro país poderia parecer arriscada, hoje é um movimento mais comum. O número de empresas administradas por imigrantes asiáticos no Ceará mais que dobrou em três anos.

Em 2022, o Estado tinha 371 empresas ativas cadastradas por imigrantes da China, Japão, Coreia do Norte ou Coreia do Sul. Hoje, o número chegou a 834.

Os imigrantes chineses são grande maioria entre os que vieram empreender no Ceará. Em seguida, estão os oriundos da Coreia do Norte.

Com informações do Diário do Nordeste.