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Foto Renato Bezerra |
A secretária dos Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, declarou, em coletiva após a chegada dos brasileiros deportados do Estados Unidos no Aeroporto de Fortaleza, que os repatriados chegaram ao Brasil “acorrentados, com algemas”, e muitos estavam “machucados emocionalmente”. Sem informar os números exatos, ela afirmou que havia “muitas crianças” no voo.
“Pelo relato que foi dito, através de todos eles que estavam nesse voo, é de que sofreram muito. Eles que estavam presos, quase sem alimentos, e aqui o Governo do Estado oportunizou que, assim que eles descessem sem algemas, sem corrente nos pés, eles recebessem alimento, água, kit de higiene, um tratamento humanizado”, disse a secretária, em entrevista.
De acordo com a titular da Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih), os repatriados foram atendidos por psicólogos e assistente social. “Todos foram atendidos, alguns já estão no avião da FAB (Força Aérea Brasileira), voltando para o aeroporto de Confins”, complementou.
O defensor público federal Edilson Santana, afirmou que a Defensoria Pública “vê com preocupação” as condições em que as pessoas foram conduzidas dos Estados Unidos para o Brasil. Ele confirmou, ainda, que as crianças e seus acompanhantes não vieram algemados durante o voo.
“A Defensoria Pública está atenta a eventuais violações de direitos humanos que possam ter ocorrido e estamos à disposição, individualmente, de cada pessoa que chegou, mas também através da nossa atuação coletiva para que posamos prestar assistência jurídica”, afirmou o defensor público.
Com informações do Diário do Nordeste