Pedro Elandro/Divulgação SAS |
A história de Anna Beatriz Rebouças Bezerra Veríssimo, 21 anos, é de persistência. Sonhando ingressar numa faculdade de Medicina, a jovem potiguar participa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) há sete anos. Depois de concluir a Educação Básica e de se mudar por um ano para Fortaleza, ela vê o desejo mais próximo após tirar nota 1.000 na redação de 2024.Foto:
Anna finalizou a formação regular em 2020 e continuou a estudar em casa, com apoio de livros e internet. Contudo, por três anos, não conseguiu o que tanto buscava. Só no ano passado veio a oportunidade de mudar de cidade para se preparar ainda mais. Ela é a estudante nota 1.000 do Rio Grande do Norte.
“Tive algumas evoluções, mas no último ano me mudei para Fortaleza, para estudar no Colégio Ari de Sá, que usa o sistema SAS Educação. Nesse último ano, consegui alavancar minha média geral e também a redação”, afirma.
Natural de Baraúna, ela estudou em Mossoró (distante cerca de 35 km) “quase toda a vida”. Mesmo precisando ficar longe da família, Anne não queria perder a oportunidade porque havia conquistado uma bolsa de estudos de 100%.
“Valeu muito a pena ter feito isso”, ressalta. “Minha família sempre me apoiou muito, esse é um privilégio que eu tenho. Meus avós, meus tios, todo mundo me ajudou a me manter lá. Fui pensando que deveria dar tudo de mim para ficar só um ano fora e voltar”.
Na capital cearense, a rotina envolvia muita leitura, simulados e laboratório de redação. Tendo em vista uma das principais notas que compõem a nota geral, a jovem dedicava bastante tempo a pesquisar temas sociais capazes de caírem no Enem.
Assim, conta que se sentiu confortável ao se deparar com o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Como referências, utilizou o livro “Torto Arado”, do escritor baiano Itamar Vieira Júnior, e “Racismo estrutural”, do ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. “Queria evitar repertórios generalistas”, destaca.
Com informações do Diário do Nordeste.