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A maior chance de uma quadra chuvosa dentro da média histórica em 2025 pode contribuir para o aporte em açudes importantes do Ceará. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), ou Grande Fortaleza, as chuvas vêm para fortalecer: atualmente com bom volume, a região tem “água garantida para esses dois anos”, como avalia Ramon Rodrigues, secretário executivo de Recursos Hídricos do Estado.
A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (22), durante evento de divulgação do prognóstico para os três primeiros meses da quadra chuvosa pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Os principais açudes da Bacia Metropolitana são Pacoti (em Horizonte), que está com 45,6% do volume; Pacajus (em Chorozinho), com 87,8%; Riachão (em Itaitinga), com 45,5%; e Gavião (em Pacatuba), com 88,9%. Eles formam o Sistema Integrado da RMF e abastecem, além de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Eusébio, Itaitinga, Horizonte, Pacajus e Chorozinho.
Ramon aponta que a situação hídrica do Ceará, no geral, “é confortável”. “Quanto à RMF, nós estamos tranquilos, ela está com bastante água. Temos água garantida para esses dois anos, independentemente desse ‘inverno’”, declarou, reforçando a importância de se manter o uso consciente e racional da água.
"Com essa previsão, é possível que a gente fique mais confortável ainda. Agora é bom que se diga à população que não é porque há possibilidade de ter mais água no nosso sistema que ela deve utilizar essa água sem cuidado. Numa região semiárida como a nossa, a água é fundamental e temos sempre que tratar com muito cuidado."
Se de um lado a Grande Fortaleza está com bom volume – nesta quarta-feira (22), a Bacia Metropolitana tem 59,16% da capacidade preenchida –, outras áreas do território cearense “preocupam”, como avalia Ramon.
“A região de Crateús, por exemplo, está com os reservatórios abaixo de 20%”, pontua. A bacia dos Sertões de Crateús tem apenas 16% do volume, de acordo com monitoramento da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
“As previsões da Funceme nos deixam mais tranquilos, embora a gente mantenha o grupo de contingência hídrica monitorando essas situações, para, se for necessário, agir e minimizar algum problema de abastecimento”, pontua o secretário executivo.
Com informações do Diário do Nordeste.