quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Ceará vai receber 46,5 mil testes rápidos inéditos de dengue

A rede pública de saúde do Ceará vai receber 46,5 mil testes rápidos inéditos para o diagnóstico de dengue, de acordo com anúncio do Ministério da Saúde (MS) nesta terça-feira (21). 

A iniciativa vai distribuir 6,5 milhões de exames em todo o País até o fim da segunda fase da estratégia. O exame pode ter os resultados lidos por profissionais após 10 minutos e janela de oportunidade para testagem é entre o primeiro e o quinto dia de sintomas. Foto Laudemiro Bezerra/MS

Na primeira remessa, 4,5 milhões de testes serão enviados. Os dois milhões restantes serão utilizados como estoque estratégico para atender regiões com crescimento de casos que demandem uma resposta mais rápida no tratamento.

Segundo o MS, o processo de aquisição dos testes ocorre desde o ano passado, e foi pensado para "ampliar a identificação precoce dos casos, especialmente em municípios distantes e com acesso limitado a serviços laboratoriais".

Uma nota técnica assinada pelas secretarias de Vigilância em Saúde e Ambiente e de Atenção Primária à Saúde do MS, pontua que o teste atenderá demandas assistenciais devido à rapidez de resultado, que ajudará na definição do curso de tratamento.

Entretanto, a utilidade dele para a vigilância em saúde é limitada, pois o exame não permite a identificação do sorotipo viral.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) já possui outros dois testes de identificação de pacientes com dengue: o de biologia molecular e o sorológico. Ambos está disponíveis em Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen).

Distribuição de testes

Conforme a nota técnica do Ministério da Saúde, a distribuição de doses foi decidida pela proporção de notificações de casos suspeitos entre as semanas epidemiológicas (SE) 27/2024 e 02/2025, que compreendem o período 30 de junho de 2024 a 11 de janeiro de 2025.

No Ceará, foram notificados 9.429 casos da doença nesse espaço de tempo. No Brasil, foram mais de 900 mil notificações em pouco mais de seis meses.

Com informações do Diário do Nordeste.