quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Ceará teve a segunda maior taxa de assassinatos do Brasil em 2024

O aumento no número de homicídios ocorrido em 2024 levou o Ceará a ter a segunda maior taxa de assassinatos do País no ano passado, conforme dados enviados pelas próprias secretarias estaduais de segurança e compilados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). 

A consolidação das estatísticas do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) foi divulgada na última sexta-feira, 17.

Levando em consideração o número de vítimas de homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, o Estado teve, em 2024, 3.272 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs).

Isso representa uma taxa de 35,44 mortes por 100 mil habitantes, índice menor apenas que o de Pernambuco — que, com 3.402 CVLIs, registrou em 2024 uma taxa de 35,66 mortes por 100 mil.

Os terceiro e quarto colocados no ranking também ficam no Nordeste: Alagoas (31,96 CVLIs por 100 mil) e Bahia (30,17 CVLIs por 100 mil). Na quinta posição, vem o Pará, com 29,66 CVLIs por 100 mil.

Veja o ranking total na tabela abaixo:

O Ceará também se destacou negativamente entre os municípios. Em número absolutos, Fortaleza foi a terceira cidade com maior número absoluto de assassinatos. Foram 834 CVLIs, número menor apenas que o de Salvador (915) e Rio de Janeiro (1.032). Outros municípios cearenses que despontaram entre os mais violentos foram Caucaia (13ª no ranking, com 249 assassinatos) e Maracanaú (23º, com 166 assassinatos).

Questionada sobre as marcas, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) destacou que, no segundo semestre de 2024, os CVLIs caíram 3,6% em Fortaleza na comparação com o mesmo período de 2023.

Em Caucaia e Maracanaú, a pasta frisou que as reduções foram maiores nesse período: “Entre julho e dezembro de 2024, o município de Caucaia registrou 101 homicídios, ante os 132 registrados no mesmo período do ano anterior, uma retração de 30,69% no indicador”, afirmou a SSPDS.

Com informações do O Povo.