Foto Polícia Militar do Ceará/Divulgação |
O Ceará fechou o ano de 2024 com aumento de 10,2% nas mortes violentas. Ao todo, foram 3.272 vítimas ao longo dos últimos 12 meses, enquanto, em 2023, o Estado registrou 2.970 mortes do tipo, mesma quantidade de 2022.
Conforme antecipado pelo Diário do Nordeste no início do mês, as estatísticas consolidadas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) mostram que o Estado voltou a ter aumento de homicídios após três anos. Em 2021, houve uma queda de 18,3% nas mortes violentas, se comparado ao ano anterior. Em 2022, a redução foi de 9,9%. Em 2023, o índice estagnou.
Os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) são os principais indicadores para medir o índice de violência de um grupo — já que ele contabiliza os casos mais graves de violência, incluindo homicídio doloso, latrocínio, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e outros crimes resultantes em mortes, excetuando-se os casos de morte por intervenção de agente do estado.
Os dados oficiais consolidados de 2024 foram divulgados na noite dessa sexta-feira (10). O último mês de dezembro, inclusive, foi o terceiro mais violento do ano passado, com 289 mortes registradas. Apenas abril, com 320 casos, e maio, com 316, tiveram mais casos de violência letal no Estado. Já o mês com menos CVLIs registrados foi setembro, com 231.
Aumento na Capital e no Interior
Considerando os dados estratificados por regiões do Estado, os números indicam que o aumento da violência letal no Ceará foi distribuído entre a Capital e o Interior, com redução apenas na Região Metropolitana de Fortaleza.
Na Capital, o ano de 2024 chegou ao fim com 834 casos de crimes letais. Em 2023, foram 738. O aumento de um período para outro foi de 13%.
No Interior, o aumento foi ainda maior, saltando de 1.354 CVLIs, em 2023, para 1.586, no ano passado. Proporcionalmente, o crescimento foi de 17%.
Já na Região Metropolitana de Fortaleza, houve uma redução de quase 3% entre 2023, com 878 casos, e o ano seguinte, com 852 mortes violentas.
Com informações do Diário do Nordeste