Foto Fabiane de Paula/SVM |
A quadra chuvosa histórica que o Ceará teve em 2024 gerou o maior aporte aos açudes do Estado em 15 anos: em junho, os 157 reservatórios estavam quase 57% cheios. Seis meses depois, o volume já reduziu em 2,43 bilhões de metros cúbicos – valor que supera o tamanho do Orós, o segundo maior açude do Estado, e que representa quase um terço do Castanhão.
Essa queda do volume de água armazenada nos últimos seis meses é a maior em, pelo menos, dez anos, conforme dados levantados pelo Diário do Nordeste no Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Em 2024, de toda a água que saiu dos açudes no segundo semestre, cerca de 51% (ou 1,24 bilhões de m³) foram de fato utilizados para abastecimento da população, atividades agrícolas ou outros usos.
Por outro lado, 49% do líquido que deixou os reservatórios cearenses após a quadra chuvosa evaporaram, gerando uma perda de 1,18 bilhão de m³ de água – ou mais de 1 trilhão de litros. As informações são de Tércio Tavares, diretor de operações da Cogerh.
O gestor explica que “é uma média comum para a situação de reserva hídrica nossa”. Ele observa que “tivemos em 2023 um leve aumento fora da curva”, o que atribui em parte ao “aumento bastante significativo das temperaturas globais e no Nordeste”. Já 2024, segundo ele, “foi mais ameno”, o que manteve a redução das águas dentro do esperado.
Com informações do Diário do Nordeste.