domingo, 22 de dezembro de 2024

Mulher trans em situação de rua tem pena alterada em Iguatu

Foto Reprodução 
Uma mulher trans em situação de rua que estava cumprindo pena em regime semiaberto, com o uso de uma tornozeleira eletrônica, teve sua pena alterada após danificar a tornozeleira por medo de voltar à prisão. 

De acordo com os defensores, como não tinha residência fixa e vivia em situação de vulnerabilidade, a mulher não conseguia manter o funcionamento do equipamento, que precisa de energia elétrica. O caso aconteceu em Iguatu.

Segundo a defensoria, danificar o equipamento foi um ato de desespero por medo de voltar à prisão. Tendo em vista, que logo após ela procurou as autoridades para contar o que aconteceu, deixando claro que ela não havia quebrado o equipamento para fugir.

“Por meio da atuação da Defensoria Pública, foi possível reverter a regressão de regime e retirar a monitoração eletrônica, já que o dispositivo se mostrou incompatível com a realidade que vive. Além disso, foram incluídas condições mais viáveis para o cumprimento da pena, como o acompanhamento no CAPS para tratamento da dependência química e comparecimento mensal ao Núcleo de Alternativas Penais”.

Além disso, foi garantido o respeito ao nome social e à identidade de gênero da mulher durante o processo.

Matheus Camacho, defensor público da 1ª Vara Criminal da Comarca de Iguatu, que atuou no caso, afirmou: “a Defensoria tem essa função de olhar além do processo, de enxergar a pessoa que está ali, com todas as suas vulnerabilidades, e buscar efetivar seus direitos. Mais do que garantir algo de forma objetiva, é sobre dar confiança de que algo está sendo feito para mudar sua realidade”.

Com informações do Site Miséria