Foto Arquivo pessoal e Anthony Wallace/AFP |
A cearense Luiza Vitória, que mora na Coreia do Sul com o marido, relatou que o país está em um clima tenso por conta da decretação da lei marcial pelo presidente Yoon Suk-yeol, acusado tentar dar um golpe de estado. Natural de Sobral, Luiza disse ao Diário do Nordeste que precisa viajar à Capital, Seul, para resolver documentações de sua cidadania.
"Meu voo está pago e eu estou vendo o que vão fazer, porque não sei se vão cancelar voos nacionais. Pelo que eu estou sabendo, a situação ainda está muito tensa, porque os militares ainda não abriram mão da lei marcial. Preciso muito ir a Seul resolver documentações", comenta. O Parlamento sul-coreano derrubou a lei por 190 votos a zero, mas o presidente ainda não teria cancelado o decreto.
A jovem diz ter sido acordada pela mãe, que ficou preocupada ao ver as notícias na imprensa, pois o fuso horário em relação ao Brasil é de 12 horas a mais. A mídia sul-coreana divulgou vídeos de militares nas ruas e em frente ao Parlamento tentando ocupar o prédio. Alguns chegaram a enfrentar pessoas que estavam no local, como jornalistas e funcionários.
Luiza contou que o "susto foi grande". Ela e o marido, Yang Seok, que ficou conhecido no Ceará como Yan, moram na Ilha de Jeju, local a cerca de 450 quilômetros de Seul. O Diário do Nordeste conta a história do casal desde o ano passado, quando Yan viajou para Sobral e passou cerca de um ano morando com a família cearense.
Eles se casaram no Ceará em dezembro do ano passado, viajaram para Coreia e formalizaram a união em terras sul-coreanas. Nas redes sociais, os dois são influenciadores, e compartilham a rotina e exploram locais turísticos na Coreia.
Preocupação com documentos
Luiza precisa chegar a Seul nesta quarta-feira (4), para ir na Embaixada entregar documentações. Apesar de já ter cidadania coreana por ter se casado também no país, o órgão pediu que ela entregasse uma espécie de "dossiê" do relacionamento do casal.
Nas próximas semanas, Luiza disse ainda que Yan tem de resolver documentações para conseguir um visto de retorno ao Brasil. O casal ainda não sabe se vai permanecer morando na Coreia do Sul
Com informações do Diário do Nordeste