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Tendência culinária dos últimos anos, o pistache é uma das sementes mais caras do mundo. Com possibilidade de tornar a fruta originada do Oriente Médio mais acessível, a Embrapa estuda produzir a oleaginosa no Ceará.
A Serra da Ibiapaba, no noroeste cearense e na divisa com o Piauí, pode ser o primeiro local do Brasil a ter uma produção do pistache.
A região foi escolhida pela Embrapa devido ao clima ameno, em comparação com o restante do Estado, explica o chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Gustavo Saavedra.
O especialista explica que a árvore do pistache, natural da Ásia menor (Síria, Irã e Turquia), precisa ser cultiva em um local com clima temperado - com estações bem definidas e invernos frios. A planta precisa de pelo menos 60 dias com temperaturas abaixo de 10 °C para hibernar e perder as folhas.
Embora as temperaturas na Serra da Ibiapaba não cheguem a níveis tão baixos, o experimento no Ceará deve se embasar em estudos de que o pistache pode ser adaptado ao clima tropical, como outras frutas secas.
A ideia surgiu inicialmente na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), após vista à Califórnia, estado dos EUA que possui condições de solo e clima semelhantes ao Ceará e tem grande produção da semente.
“Precisamos saber se na serra haverá dias de frio em quantidade suficiente para induzir a floração das árvores. Como se vê, há diversos detalhes tecnológicos que precisamos lidar para poder viabilizar a produção de pistache”, explica Saavedra.
Com informações do Diário do Nordeste.