Foto Corpo de Bombeiros Militar (MG)/Divulgação |
O advogado do motorista envolvido no grave acidente ocorrido na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), no último sábado (21), negou a acusação de que ele estivesse trabalhando com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa.
Na segunda-feira (23), o caminhoneiro Arilton Bastos Alves prestou depoimento de mais de seis horas à Polícia Civil. Ele foi liberado logo após ser ouvido pelo delegado que apura o caso.
"De fato, a carteira dele foi suspensa, mas ele obteve uma decisão judicial revogando essa suspensão”, afirmou o advogado Raony Scheffer em entrevista à Agência Brasil, garantindo que o documento foi restituído ao caminhoneiro no último dia 12 pelo Juizado Especial da Fazenda Pública de Barra de São Francisco. O advogado não soube informar a razão pela qual a habilitação chegou a ser suspensa.
A defesa do motorista afirmou ainda que ele não estava foragido, mas deixou o local do acidente porque entrou em pânico ao constatar a gravidade da colisão entre um ônibus que transportava 45 pessoas – das quais 41 morreram -, um carro e a carreta que ele dirigia.
“O Arilton presenciou o ônibus em chamas; pessoas gritando; desesperadas; chorando e pedindo ajuda. Embora não tenha responsabilidade pelo que aconteceu, ele entrou em pânico. Inclusive, teve medo de ser agredido ao ver vários veículos parando próximos ao local. Por isso, após ver que não tinha condições de prestar socorro algum, ele deixou o local”, disse o advogado.
A Polícia Civil de Minas Gerais chegou a pedir autorização judicial para prender o motorista, mas a solicitação foi negada pela Justiça.
Com informações do Diário do Nordeste