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O Instituto Elo Amigo, entidade executora do programa P1+2 (Uma terra e duas águas) retomou as atividades na Região Centro-Sul cearense, com a construção de cisternas voltadas para a produção: a calçadão, a de enxurrada e barragens subterrâneas.
Pelo menos 144 famílias estão sendo beneficiadas com essas tecnologias nas cidades de Acooiara, Iguatu e Quixelô, através de um novo convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social.
Um dos objetivos do programa é assegurar reserva hídrica para o fomento da produção e consequentemente segurança alimentar e renda com a comercialização do excedente.
No passado, na localidade de Gado Bravo, no distrito de José de Alencar, o segundo semestre do ano era de escassez de água para muitas famílias, mas com a chegada da cisterna de primeira água, porém há cerca de 15 anos com a construção das primeiras cisternas voltada para o consumo humano, mudou a realidade. “Essas cisternas são de grande valia para as famílias, principalmente para nós que moramos no sítio. Toda água pra nós é muito importante na nossa vida.
A gente que mora no sítio, a gente precisa pegar todas a águas que caem na época das chuvas. Antes era bem mais difícil quando a gente não tinha nenhuma cisterna. A gente não criava nada, nem uma galinha.
Agora, recebendo essa de segunda cisterna, veio como a esperança para que a gente possa produzir nossos próprios alimentos, nossos frutos, hortaliças, ajudar na criação dos animais”, contou Gorete Matos, confiante em um bom próximo período de chuvas para encher os reservatórios e logo começar a produzir, como projeta. “Agora, nossa esperança é em Deus, que
Ele mande um bom inverno e que gente possa ter água suficiente para nossos animais, para nosso consumo. Para gente começar a produzir, antes era difícil, porque a gente só tinha uma cisterna, essa nova não conhecia, é uma maravilha.
Passamos por uma capacitação, foi muito bom conhecer a serventia dela. É muito bem feita. Estamos esperando por chuva”, comemorou cheia de esperança a agricultora.
Fomento rural
Dentro desse programa a família além de receber a cisterna com capacidade para 52 mil litros também recebe um recurso financeiro, fomento rural, no valor de R$ 4,600,00 para desenvolver atividades da agricultura família transformando o terreiro em unidade produtiva. Isso porque o fomento contempla a instalação de uma caixa d’água, motor e sistema de irrigação para a produção de canteiros de hortaliças, fruteiras e criação de pequenos animais. “Eu vou investir na produção de galinha caipira, antes não criava porque não tinha água. Com o pouco que a gente tem em casa, a gente consegue dar de beber aos bichos”.
Para receber esse segundo equipamento entre os critérios ter a cisterna de primeira água. “São vários critérios, mas o principal critério para que as famílias recebam essa tecnologia é que já tenham a de primeira água, que é a cisterna de 16 mil litros. Então ela tem que morar na zona rural, ter acesso a primeira água e ter a renda per capita de até meio salário mínimo.
Esses são alguns critérios indispensáveis para que a família possa receber essa tecnologia. A partir do recebimento dessa tecnologia, ela vai ter a opção de captar água da chuva e poder implementar sua unidade produtiva a partir do fomento rural”, afirmou Francisco Braz, coordenador executivo do Elo Amigo.
O Instituto Elo Amigo atua em dez municípios da Região Centro-Sul, porém o P1+2 está sendo trabalhado em três: Iguatu, Quixelô e Acopiara: “tecnologias que estão sendo trabalhadas: 99 cisternas calçadão, 41 cisternas enxurrada e 05 barragens subterrâneas.
Nós atuamos em dez municípios, além desses projetos que falei, mas o P1+2 já concluímos todos os componentes em Acopiara, estamos em processos de construção em Iguatu e Quixelô, o prazo de execução desse projeto é até abril de 2025, com a possibilidade de atingir 50% tanto de meta, quanto de prazo.
Então é um momento que a gente tem para além dessas tecnologias nesses municípios a gente tem a possibilidade desse aditivo de meta que está sendo negociado com o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social)”, ressaltou o coordenador.
Com informações do Jornal A Praça.