Foi na sala de aula que a professora acopiarense Leila Freitas passou a escrever seus primeiros versos. Quando fazia graduação em Pedagogia, recebeu o incentivo de uma professora e desde então não mais parou. Já são mais de 12 livros didáticos e paradidáticos, e mais de 18 livretos da literatura de Cordel.
Atualmente, é coordenadora do Ensino Médio, no Colégio Polos, em Iguatu. “Eu tinha uma professora que percebeu meu dom e disse para eu começar a escrever mais, fazendo os registros para quem sabe um dia eu fazer minha primeira publicação.
Na minha vida escolar, na adolescência, eu participava dos concursos de poesias na escola e sempre tirava o primeiro lugar. Quando alguém pedia para escrever algo temático, tinha facilidade. Em 2011, eu comecei a dar aulas para muitos alunos que não eram alfabetizados, isso na quarta série, hoje é o quinto ano.
Eu comecei a ter a necessidade de ter livros paradidáticos. Nós não tínhamos o recurso para alfabetizá-los, mas tínhamos uma lousa, o giz, a boa vontade e o planejamento da professora Leila.
Então comecei a escrever contos quando chegava a casa à noite, pensando em lançar um livro para alfabetizar aquelas crianças. Quando concluí a escrita de 17 contos, fui a Fortaleza, com aquela missão de encontrar uma editora e fazer a publicação do meu livro.
O título do livro foi ‘O lindo mundo da imaginação’. Em 2012 quando recebi o livro eu presenteei os alunos. Foi para ajudar o outro que comecei a escrever. Eu aproveitei o dom que tenho e a partir daí nasceu aquele desejo de usar para multiplicar e deu certo”, contou orgulhosa a professora.
No decorrer de tão pouco tempo, em 2013, a professora passou a ter contato com a Literatura de Cordel, quando atuava como formadora educacional, pela Secretaria de Educação de Quixelô. “Participei de oficinas sobre o gênero literário do cordel em Fortaleza com cordelistas renomados e a partir dali comecei a escrever meu primeiro cordel que tem o título “O grande encontro no céu da Beira Mar”. Klevison Viana sugeriu para fazer ilustrado. Ele fez as ilustrações. Eu publiquei na Bienal do Livro e Fortaleza e fui lançá-lo em vários outros lugares.
Me apaixonei pela literatura de cordel e comecei a participar das feiras e bienais pelo Brasil e até fora do país”, comentou, destacando os mais diversos lugares que participou levando sempre alguma novidade, entre esses a Festa Literária Internacional – FLIP em Paraty, no Estado do Rio de Janeiro, Bienais em São Paulo, Fortaleza.
Em 2018, Leila já tinha um acervo com 12 folhetos publicados e livros também. A escritora viajou até para uma formação em Cuba. “Foi uma troca de experiência riquíssima, passamos também pelo Panamá e a partir daí percebemos a importância do cordel no Brasil e no mundo”, declarou.
Com informações do Jornal A Praça