sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Em Iguatu, Cícera perdeu o emprego na pandemia, agora vende café na feira e sonha em expandir o negócio

Foto Jornal A Praça 
Cícera antes trabalhava de vendedora no comércio lojista, também já trabalhou em atendimento em panificadora. Depois da Pandemia da Covid-19, foi demitida e começou a empreender no ramo da alimentação, na gastronomia nordestina: tapioca, pão recheado, café, cuscuz recheado e o carro chefe dos produtos e o mais procurado é o ‘chapéu de couro’, bolo feito à base de massa de milho verde feito na frigideira. 

A unidade é vendida por R$ 2,00, mas ela já deixa o produto na embalagem no ponto de o consumidor levar. “Tem muitos clientes que compram para tomar com café em casa, preferem levar na embalagem com quatro unidades, é mais prático. Graças a Deus, vem dando certo. 

Fiz minha clientela, hoje é muito boa”, comemora a empreendedora que vai completar dois anos na atividade, no próximo 26 de novembro.

O espaço que conseguiu para trabalhar foi entre os feirantes. Adaptou uma banca de feira padronizada em bancada e cozinha, onde na hora monta os alimentos, além de um café bem quentinho, leite e suco de frutas. “No início não foi fácil, eu não tinha conhecimento, mas o público foi chegando. 

A melhor propaganda é de boca a boca, um come, gosta, indica para outra pessoa, um traz o outro e assim foi se formando, e estou bem reconhecida aqui no mercado”, destacou.

Diariamente, logo cedinho está no local. A banca fica na Avenida Agenor Araújo, em frente a um dos portões do mercado municipal de Iguatu. “Por conta da rotina dos meus filhos que tenho que deixar na escola, eu chego aqui 7h. Mas já tem gente esperando, isso porque tenho muitos clientes de lojas. 

Eles são os primeiros que chegam antes de ir pro trabalho, ou fazem o pedido pelo WhatsApp e mando entregar. Tem o pessoal que vem pra banco, lotérica, resolver alguma coisa mais tarde e acaba lanchando por aqui”, pontuou, sempre agradecida.

O trabalho vem dando certo. Ela fica por volta de 10h40 na rua, porque tem que pegar as crianças na escola e assim, entre o trabalho e as obrigações de casa e mãe solo, ela se reinventou para sustentar a família. “Essa é minha rotina, até porque também já tenho vendido bem, e depois desse horário, o pessoal já começa a procurar almoço. 

Aqui me sinto muito realizada, não me vejo saindo no momento daqui, há não ser para um ponto, um espaço que dê para atender mais gente, onde a pessoa possa se sentar e comer mais confortável, se sinta bem e que possa contratar mais gente para trabalhar. Porque hoje, graças a Deus, tenho uma ajudante”.

Gratificante

Além da clientela habitual que costuma frequentar o local, por lá sempre tem algum consumidor novo. “Aqui no mercado é assim, todo dia tem gente nova, sempre aparece alguma pessoa diferente. É aquela coisa: a gente trabalha fazendo amigo, conversando, descontraindo. É um trabalho que não se torna repetitivo. Eu adoro atender, gosto de conversar, gosto de estar no meio do povo. Para mim, é muito gratificante. É o que gosto de fazer”, complementou.

Com informações do Jorna A Praça.