Foto Hiane Braun/Governo do Ceará |
Alcançar 100 anos de vida é uma conquista que merece ser festejada. Assim será para o cearense Dom Manuel Edmilson da Cruz, atualmente o bispo mais idoso da Igreja Católica no Brasil. Nesta quinta-feira (3), seu centésimo aniversário contará com uma celebração aberta ao público e presidida por Dom Gregório Paixão, arcebispo de Fortaleza.
Dom Edmilson é bispo emérito da Diocese de Limoeiro do Norte e hoje reside na Arquidiocese de Fortaleza. Segundo a entidade, ele se dedica “à oração, leitura e acolhimento, sempre com alegria” e “lucidez impressionante”.
O decano nasceu em 1924, em Acaraú, no Litoral Norte do Ceará. Iniciando sua trajetória no seminário aos 12 anos, foi ordenado padre em 1948, em Sobral, e bispo em 1966, por decisão do então Papa Paulo VI. Em seu “currículo”, ele foi:
Bispo Auxiliar de São Luís do Maranhão (MA), de 1966 a 1974
Vigário episcopal da forania de Brejo (MA), de 1966 a 1974
Bispo auxiliar de Fortaleza de 1974 a 1994
Bispo de Limoeiro do Norte de 1994 a 1998
Há 30 anos, em 1994, ele foi sequestrado junto com Dom Aloísio Lorscheider, à época cardeal arcebispo de Fortaleza, durante uma visita ao Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), em Aquiraz. O caso foi um divisor de águas na história do sistema prisional do Ceará.
Por critério de idade, Dom Edmilson tornou-se bispo emérito em 6 de maio de 1998. O Código de Direito Canônico (CDC) define como “emérito” o bispo que perde “o ofício por limite de idade ou por renúncia aceite”. A Igreja Católica estabelece a idade de 75 anos para a apresentação do pedido de renúncia ao Papa.
Mesmo afastados das funções de governo nas dioceses, os eméritos continuam participando de atividades pastorais e colaborando com outras missões religiosas.
Neste ano, Dom Edmilson foi um dos seis agraciados com a Medalha da Abolição, comenda concedida pelo Governo do Ceará em reconhecimento a personalidades que desenvolvem um trabalho relevante para o Estado e o Brasil.
Com informações do Diário do Nordeste