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Na sua tem, na minha também. Mas, na de Anizio Araújo, a dimensão beira o inimaginável. A casa do homem no bairro Serrinha, em Fortaleza, resguarda aquilo que para muitos é apenas objeto, coisa simples e vã. São mais de 1800 caixas de fósforo, organizadas de forma a conferir o real peso a esse verdadeiro império de memórias.
Todas diferentes entre si e cada uma com história própria, as caixas começaram a ser reunidas quando o engenheiro agrônomo e professor aposentado, hoje com 79 anos, iniciou os estudos na Universidade Federal do Ceará. À época, idos de 1968, lembra que uma das principais atividades da juventude era fumar. Foi entre um cigarro e outro que tudo começou.
“Eu tinha vinte e poucos anos. Recordo de andar muito a pé. Passava nas bodegas, comprava uma carteira de cigarro e, junto a ela, uma caixa de fósforo. Um dia, achei uma muito bonita. Era da empresa Olho, e tinha o desenho de um jangadeiro nela. Tanto é que comprei duas caixas: uma eu usei, a outra eu guardei”, relata.
Com informações do Diário do Nordeste.