Foto Davi Rocha |
Havia uma vontade de transformar o mundo quando Sérgio Carvalho, aos 25 anos, ingressou na carreira de auditor fiscal, em 1995, no mesmo período em que o País criava uma campanha contra o trabalho análogo à escravidão. Recém saído do movimento estudantil universitário, se voluntariou para atuar em locais onde há violação humanitária.
Sérgio nasceu no Sertão do Piauí, mas vive no Ceará há 25 anos. Formou moradia fixa em Fortaleza, mas já percorreu todas as regiões do País em auditoria e para executar a vocação descoberta no primeiro contato com o trabalho análogo à escravidão.
“Quando eu me deparei com aqueles trabalhadores, decidi virar fotógrafo para dar visibilidade à voz deles. Tem sido essa a documentação nesses últimos 28 anos”, resume Sérgio ao lado dos quatro livros de fotografias produzidos até o momento.
O fotógrafo conversou com o Diário do Nordeste na Pinacoteca do Ceará onde será feita exibição única do documentário “Servidão” sobre as marcas do período escravocrata nas relações atuais de trabalho, além do trabalho feito para combater esse tipo de situação.
Antes da criação da “Política Nacional de Trabalho Escravo”, há 28 anos, as denúncias eram feitas por iniciativas como a Pastoral da Terra e pela imprensa internacional. Ao participar dos primeiros esforços contra esse contexto, Sérgio chegou ao Pará.
Com informações do Diário do Nordeste.