Foto Aurélio Alves |
O segundo semestre do ano costuma registrar o maior número de incêndios florestais no Ceará. No ano passado, o primeiro semestre registrou 559 ocorrências, enquanto na segunda metade do ano o total foi de 6.712.
O capitão do Corpo de Bombeiros, João Romário, explica que todos os anos, com o fim do período de chuvas, é rotineiro ter um aumento do número de queimadas em vegetação. “Isso está diretamente ligado ao fator climático”, explicou.
Após o término da estação chuvosa, os agricultores comumente realizam a prática de queimar o mato em suas áreas de plantação para reinício de plantio, o que potencializa a probabilidade de registro de incêndios por causa da ausência de chuva e do calor intenso.
“Com o passar dos meses, essa se torna uma prática cada vez mais arriscada, pois quanto mais seca a vegetação está, mais combustível ela se torna. E isso vai gerar um aumento significativo do risco de incêndio”, completou João Romário.
O capitão explicou que as ocorrências de incêndios florestais na Caatinga se distribuem por todo Estado, afetando todas as macrorregiões. O bombeiro explica que, no segundo semestre de 2023, 149 dos 184 municípios cearenses registraram ocorrências.
Entretanto, a maior parte é registrada em Fortaleza e Região Metropolitana. “Só Fortaleza, Caucaia e Maracanaú perfazem quase um terço de todas as ocorrências do Estado. E se a gente somar com Sobral e Juazeiro do Norte, temos quase 50% da quantidade de registros”, completa João Romário.
Com informações do O Povo.