Foto TVM |
Dama, dominó, cartas e muito mais. Profissionais de saúde usam jogos e brincadeiras para auxiliar no tratamento de pacientes que ficaram com sequelas em Fortaleza. O momento, visto antes apenas como lúdico, motiva pacientes que precisam continuar o tratamento após problemas de saúde graves.
É o caso do porteiro Gidalte Ferreira Rabelo, que sofreu um AVC. “Dor de cabeça, ‘leseira’ no corpo, sem querer me alimentar, até que veio o AVC”, disse ele, que é um dos pacientes atendidos pelo projeto mantido pelo Hospital Waldemar de Alcântara.
Os momentos de lazer com os jogos estimulam ainda na aprendizagem e na comunicação, na forma das pessoas se relacionarem, por isso, são consideradas estratégias importantes para serem desenvolvidas no trabalho, na família, em grupos de amigos. Além da reabilitação tradicional com multiprofissionais, a assistência familiar aplica os jogos para estímulo da mente.
“O AVC traz sequelas cognitivas, sequelas motoras. Dentro das sequelas cognitivas, o jogo é um ótimo estimulante. Às vezes, dentro das sequelas cognitivas que o AVC traz, existem lapsos de memória, alguns esquecimentos, que o jogo pode trazer esse resgate, quando ele é significativo”, explicou Sabrina Guerra, terapeuta ocupacional.
A Casa de Cuidados do Ceará também tem aderido a esse entretenimento na prevenção a algumas alterações na memória, na atenção e no raciocínio de alguns pacientes. “Você estimula a convivência, você estimula a cognição, quer dizer, o entendimento, a capacidade cerebral dos pacientes de fazer, de pensar, de tomar uma decisão, de fazer alguma coisa motora, que também é a estimulação motora junto aos jogos”, explicou Úrsula Campos, diretora e geriatra da instituição.
“Então, tudo isso tem um efeito muito benéfico na reabilitação dos nossos pacientes”, complementou.
Entre os pacientes, está Reginaldo Furtado, que se recupera de um acidente que atingiu parte da coluna. “Eu já jogava, antes de acontecer esse acidente. Aí, comecei a jogar aqui e ficou melhor. Toda vida eu venho jogar aqui”, reforçou.
“Além de proporcionar a questão da socialização dos nossos pacientes, que é o momento que eles saem do quarto, o paciente e o cuidador saem do quarto, ele pode socializar, sair um pouco do isolamento. Então, é muito importante esse momento para eles”, comentou Gardênia Leão, terapeuta ocupacional.
Com informações do G1 Ceará.