Foi durante a pandemia da Covid 19, há pouco mais de 2 anos, que o pintor de paredes Cleiton Sarmento descobriu mais um oficio: o de artesão. “Foi a ociosidade, não tinha serviço, estava em casa e procurando alguma ocupação. Tenho um amigo que é metalúrgico, ele também passou a reaproveitar pedaços de ferro, transformando em objetos decorativos.
Foi quando ele fez uma moto bem bonita. Lembrei daquela moto e resolvi fazer, só que de madeira. Coloquei em mente e fiz. A moto foi minha primeira peça. Logo vendi. Depois passei a ver alguns carros antigos, deu certo e daí pra cá não parei mais”, comentou Sarmento.
Cleiton não sabe quantas peças já confeccionou. “Antes fazia só por hobby, por passatempo, mas o pessoal via e já comprava logo. E com isso continue fazendo. Perdi as contas. Tem um médico de Fortaleza que já comprou carros, motos, avião, e outras pessoas também. É tanto que não tenho aqui. Essa trouxe emprestado para mostrar o trabalho”, disse.
A matéria-prima é pinus, fácil de ser trabalhada. “Eu não faço molde, tiro tudo da cabeça. Vou imaginando aquele objeto, por exemplo, uma kombi e vou recortando e colando. No final dá tudo certo e assim continuo fazendo. Eu não tenho dinheiro para comprar uma máquina serra tico-tico, eu mesmo fiz pegando uns motores velhos, não gastei pouco mais de R$ 20,00 e vem dando certo. Mas pretendo melhorar o maquinário, comprar equipamentos profissionais para atender a demanda que está crescendo”, contou.
Peças exclusivas
Cleiton sempre teve aptidão para artes, pintura, desenhos e fazer esse tipo de trabalho de certa forma não foi difícil, mas requer mais tempo. “Tem que ter tempo, até porque risco na madeira e vou recortando. Além dos detalhes que são necessários para fazer bem o acabamento e dar o toque final em cada peça”, ressaltou.
Entre as peças que já fez destaca que gosta mais da Kombi pela riqueza de detalhes que colocou. “Eu não teria vendido, mas ficou tão bonita que logo foi embora.
Eu não consigo mais fazer outra igual. Nenhuma peça é igual a outra. Pode sair parecida. Cada pessoa que compra, tem uma peça exclusiva”, disse.
As pessoas podem conhecer mais sobre o trabalho de Cleiton Sarmento, pelo Instagram: @Cleitonartes4.
Com informações do Jornal A Praça.
