quinta-feira, 13 de junho de 2024

Técnica cearense de pele de tilápia pode acelerar a cicatrização em animais feridos em enchentes do Rio Grande do Sul

Foto Viktor Braga/UFC
O uso da pele de tilápia para tratar animais feridos acelera o processo de cicatrização e permite a diminuição da dor do processo convencional de recuperação. Na primeira semana de junho, um primeiro lote com 300 curativos foi enviado do Ceará para auxiliar no tratamento de cavalos feridos durante as enchentes do Rio Grande do Sul.

O primeiro lote de peles foi enviado para Santa Catarina, de onde foi encaminhado para a cidade de Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre.

Outro lote com 300 unidades está sendo preparado pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da UFC. A previsão é que os curativos biológicos fiquem prontos para envio até o fim de junho.

A pele da tilápia interage com feridas ou queimaduras e acelera os processos de cicatrização em humanos e animais. Rica em colágeno tipo 1, a membrana do peixe também repara a matriz dérmica, conforme informações da Agência UFC.

Além disso, o material adere à lesão, evitando a perda de líquidos e protegendo da invasão de bactérias.

Com pesquisas desenvolvidas desde 2015 na Universidade Federal do Ceará (UFC), o processo de beneficiamento da pele da tilápia para aplicações médicas teve patente outorgada em 2023 pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

Com informações do G1 Ceará.