Foto Divulgação/Serviço Social da Casa de Cuidados do Ceará (CCC) |
Imagine-se na situação de uma pessoa que foi socorrida após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), sem acompanhante, documento ou registros na base de dados do Ceará, além de sequelas que a impedem de falar. Essa é a história do Carlos Antonio Gomes, de 53 anos, que é um entre as dezenas de pacientes sem identificação que chegam anualmente à rede pública de saúde.
Diante desses casos, o Serviço Social dos hospitais entra em ação. O trabalho envolve contato com outras unidades estaduais e secretarias municipais de Saúde e de Proteção Social, além de órgãos como os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e o Ministério Público do Ceará.
“No caso dos pacientes que chegam e não têm nenhuma identificação, a gente primeiramente busca a unidade que encaminhou. Se essa unidade tem algum contato de alguma referência, se já existia alguma coisa sobre o paciente, para a gente tentar pesquisar, no sentido de como começar a nossa intervenção”Tinciane Oliveira
Coordenadora de Serviço Social do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim
A operação torna-se mais complexa quando o paciente não consegue passar nenhuma informação. Em geral, a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) é acionada para levantar dados que auxiliem na identificação, a partir da visita do papiloscopista ao hospital e coleta de digitais do paciente.
Como explica Jefferson Macêdo, assistente social e coordenador do Serviço Social do Hospital Regional do Cariri (HRC), a área tenta passar um descritivo dos pacientes dessa categoria para a Pefoce, com o máximo de informações possíveis, incluindo características corporais. A partir daí, entra o trabalho de coleta e análise das impressões digitais, palmares e plantares.
“A equipe da papiloscopia vem até o hospital e faz a coleta para ver se consta alguma coisa na base de dados do Ceará. Quando o paciente é do estado ou tem um RG já atualizado, esse trabalho fica mais fácil. E aí eles dão uma devolutiva em forma de ofício. Em duas ou três horas, a gente já tem o retorno dizendo se o paciente consta na base de dados ou não”, esclarece Macêdo.
Com informações do Diário do Nordeste.