quinta-feira, 9 de maio de 2024

Artesã indígena cearense supera depressão com negócio de bonecas de pano

Foto Fabiane de Paula
Maria de Fátima Alves da Silva, 67 anos, tem ascendência indígena e quilombola, e muito amor pelo que faz. Assim como uma colcha de retalhos, a líder comunitária da comunidade de Capuan, em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, costura seus sonhos, unindo ‘quadrado por quadrado’ das suas memórias afetivas e o amor por bonecas de pano que sempre fizeram parte da sua família.

O seu sustento vem de uma pensão, por viuvez, e do seu artesanato de bonecas de pano. Mãe de 4, a artesã vive, atualmente, com duas netas de 16 e 13 anos, de um total de seis e tem no artesanato um complemento de renda e possibilidade de melhoria de qualidade de vida.

“Comecei a fazer boneca já há muito tempo e com retalhos. Trabalho só com retalho. Compro o retalho no quilo e o pessoal também faz doações para mim. É muito retalho e muito amor por fazer essas bonecas”, diz, Fátima.

A pensionista se dedica a confeccionar seus produtos e vendê-los nos finais de semana. Ela participa de feiras e qualquer uma das suas bonecas, que podem ser peso de porta, porta talheres e as tradicionais, para as crianças brincarem, custam R$ 20.

Em um dia bom de vendas, Fátima já chegou a vender 10 bonecas, mas ela lembra que a média é três. "Somos muitas artesãs em feiras e acabamos por dividir o público, o que não acho ruim, mas claro que gostaria de vender mais", comenta, ela, reforçando que em muitas oportunidades acaba vendendo um produto ou, até mesmo, nenhum.

Com informações do Diário do Nordeste.