Foto Fernando Frazão / Agência Brasil |
O Ministério da Saúde (MS) espera incorporar a vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS) ainda em 2023. Chamada Qdenga e produzida pela japonesa Takeda Pharma, o imunizante está em avaliação pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste avaliam de forma positiva a inclusão da vacina no Programa Nacional de Imunizações (PNI) devido ao problema de saúde pública que a doença representa. Em clínicas de vacinação particulares de Fortaleza, o imunizante custa entre R$ 450 e R$ 490.
Como as demais recomendações da Comissão, a proposta de incorporação da Qdenga ao SUS foi submetida a uma consulta pública, que está no ar desde a quinta-feira (7) e segue aberta até 18 de dezembro. Normalmente, esse prazo é de 20 dias, mas o processo foi encurtado devido à projeção epidemiológica para o verão, com possibilidade de aumento de casos da doença. É possível participar da consulta pública no site da Conitec por meio do formulário de experiência e opinião ou do formulário técnico-científico.
A vacina Qdenga foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023 para aplicação em crianças a partir de quatro anos, adolescentes e adultos até 60 anos, independentemente de exposição prévia à dengue. A vacinação segue um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
A avaliação inicial da Conitec foi favorável à incorporação do imunizante para localidades e públicos prioritários, que devem ser definidos pela estratégia do PNI segundo as regiões de maior incidência e transmissão de dengue e as faixas etárias de maior risco de agravamento da doença. De acordo com o órgão, a restrição de público considera a capacidade de fornecimento de doses por parte da fabricante.
A recomendação inicial também está condicionada a uma proposta de redução de preço pela fabricante, compatível com a sustentabilidade do PNI. Apesar do desconto oferecido, o Governo Federal considerou o valor por dose alto, em comparação aos demais imunizantes já ofertados. O preço original era de R$ 170 por dose e o novo valor foi de R$ 139,40 por dose, sem impostos. “Nesse preço, o valor é duas vezes maior que as vacinas mais caras incluídas no programa”, afirmou o Ministério da Saúde, em nota.
Com informações do Diário do Nordeste.