segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Separados pela seca dos anos 70, irmãos cearenses se reencontram após 50 anos

Foto Arquivo pessoal
Na última vez que falou com seus irmãos, Dimas da Silva Guerra era um jovem de 20 anos. Vivendo no coração da floresta Amazônica no início da década de 1970, trabalhava como podia para mandar dinheiro para ajudar a família que havia deixado no Ceará, fugindo de uma seca que forçou a migração de 11% da população do Estado. 

Esse reencontro está prestes a acontecer graças aos esforços de Brena Guerra, filha de José Maria, um dos irmãos que Dimas deixou no Ceará. Depois de mais de dez anos procurando o tio nas redes sociais, Brena e um primo o encontraram há duas semanas. Em segredo, promoveram uma chamada de vídeo entre Dimas, José Maria e outras duas irmãs, Teresa e Celina.

"Eu cheguei pro meu pai e falei: olha, tem uma promessa que eu sempre te disse que ia cumprir, e chegou a hora. Eu consegui localizar seu irmão", conta Brena em entrevista ao O Povo. José Maria, com 59 anos, "tremendo e chorando muito", viu na tela do celular, direto do município paraense de Oriximiná, seu irmão Dimas, hoje com 70 anos.

"A primeira conversa foi comprida, fomos falar de nossa vida, da infância, da família", conta José Maria ao O Povo, emocionado, antes de relembrar as situações que geraram o afastamento e a perda de contato.

Com informações do O Povo.