terça-feira, 10 de outubro de 2023

Ceará teve a maior proporção de concludentes do ensino médio no Enem 2022 no Brasil, aponta censo

Foto Thiago Gadelha 
No ano passado, o Ceará teve a maior proporção de concludentes do ensino médio inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O dado é do Censo da Educação Superior, divulgado nesta terça-feira (10), pelo Ministério da Educação (MEC).

O estado cearense teve um percentual de 83,1% concludentes que compareceram ao vestibular, que serve como a principal forma de ingresso na faculdade no país. A média do Brasil é, inclusive, mais baixa: somente 48,4%.

Atrás do Ceará estão Goiás (77,1%) e Espírito Santo (66%), fechando o top 3 das unidades da federação que mais fizeram o Enem. Os dados do Censo foram apresentados em coletiva por Carlos Eduardo Moreno Sampaio, diretor de Estatísticas Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O Enem 2022 no Ceará teve um total de 224.244 inscritos, de forma geral, incluindo concludentes e treineiros. Segundo o balanço de aplicação divulgado pelo Inep após as provas, o Ceará teve 164.73 pessoas presentes no primeiro dia, e 156.197 no segundo dia, ambos da prova impressa. Na prova digital, o primeiro dia no estado teve 1,143 presentes, enquanto no segundo dia foram 1.050, e o total de inscritos era 2.148.
MATRÍCULAS E EAD

O ministro da Educação, Camilo Santana, esteve presente no evento e comentou sobre os índices de educação: "São dados preciosos que nos alimentam para que a gente possa fazer uma reflexão sobre ações e medidas necessárias". O titular do MEC pontuou os dados positivos para a educação brasileira e destacou em sua fala o aumento do número de matrículas em faculdades tanto públicas quanto privadas.

Conforme o Censo, em 2022 foram 9,4 milhões de matrículas no ensino superior, sendo cerca de 5 milhões na modalidade presencial e 4 milhões na modalidade Ensino à Distância (EaD). Esse crescimento dos registros de alunos em EaD preocupa, inclusive, o ministro Camilo.

“Isso exige sinal amarelo ou vermelho aceso para que possamos tomar medidas importantes diante desse cenário,” disse o titular do MEC.

Segundo ele, o MEC irá reavaliar todo o marco regulatório do ensino à distância no Brasil e fazendo uma avaliação de 16 cursos para verificar a viabilidade de serem oferecidos na modalidade a distância. “A nossa preocupação não é o fato de ter um curso a distância, mas garantir a qualidade nesse curso que é oferecido. E é impossível determinados cursos serem oferecidos na modalidade a distância,” disse.

Com informações do Diário do Nordeste e Agência Brasil.