segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Cearenses deixam de almoçar para fazer lanche: 'muito difícil eu cozinhar uma refeição completa'

Foto Fabiane de Paula
Há pouco mais de um ano, a fotógrafa Rachel Vieira, de 22 anos, vem trocando a maioria das refeições principais por lanches e itens industrializados. A decisão se fez necessária diante do forte aumento de preços na alimentação e a corrosão do poder de compra, além da rotina agitada da jovem, que a impedem de ter tempo para preparar as refeições.

Itens como macarrão instantâneo, biscoito recheado, salgadinho, refrigerante e semelhantes ganharam o protagonismo nos hábitos alimentares de Rachel. Feijão, verduras, legumes e proteínas não cabem no orçamento da fotógrafa, que gira em torno de R$ 900 por mês, incluindo o que ganha nos eventos e uma bolsa que recebe da Prefeitura de Fortaleza.

"Tem dias que tenho pagado aluguel, água, luz e as contas todo mês só aumentam, inclusive as 'misturas', o feijão e as verduras, o que muitas vezes me faz comer alguma coisa que possa enganar meu estômago na rua", relata.

Com informações do Diário do Nordeste.