Foto Defensoria Pública do Ceará/Reprodução |
O casal Alessandra de Sousa Dias e Thaisa Maclaine Sousa Nascimento, há mais de nove anos vivendo em união estável, escreveu mais um capítulo importante na relação: agora, o nome de ambas constam no registro civil da filha biológica de Thaisa. A decisão foi acatada pela Justiça na semana em que se comemora o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. A criança tem três anos de idade.
“Fiquei grávida por um descuido, conversei com a Alessandra sobre isso e, a partir daí, nossa relação ficou mais fortalecida. A Alessandra sempre cuidou da minha filha como se dela fosse, tratando com muito amor e carinho”, disse Thaisa.
“Nunca mais tive contato com o pai biológico, somos nós duas que realizamos todos os cuidados necessários para que nossa filha cresça em um ambiente saudável e rodeada de todo amor”, explicou a dona de casa.
O casal procurou a Defensoria Pública do Ceará (DPCE) para dar entrada na ação de reconhecimento de maternidade socioafetiva. A pequena agora terá duas mães no registro de nascimento. O processo foi iniciado pelo Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas (NDHAC) da DPCE após o encaminhamento do Centro Estadual de Referência LGBT+ Thina Rodrigues.
“Quando elas nos procuraram ficou muito evidente os laços que unem as três. São laços fortes, de muito amor, e ficou evidente o desejo de Alessandra acompanhar o desenvolvimento da criança em todos os dias de sua vida, como sua mãe, sendo consciente de suas obrigações e deveres”, explicou a defensora pública supervisora do Ndhac, Mariana Lobo.
“Por isso demos entrada na ação de reconhecimento voluntário de maternidade socioafetiva, a justiça acatou e em breve uma nova certidão de nascimento deve ser emitida com o nome das duas mães”, complementou a defensora.
Com informações do G1 Ceará.