O mês de fevereiro chegou ao fim com baixos volumes pluviométricos no Ceará. O primeiro mês da quadra chuvosa - que se estende até maio - registrou o acumulado de apenas 62,2 milímetros, o que representa 46,7% abaixo da média histórica para o período, que é de 118,6 mm.
O volume abaixo da média histórica interrompe uma sequência de quatro meses consecutivos de chuva acima da média no Estado. Em outubro (+ 14,4%), novembro (+244,6%), dezembro (+49,8%) e janeiro (+64,7%), o acumulado ficou além da normal climatológica.
Já quando comparado o índice de chuva de fevereiro deste ano com igual período de anos anteriores, pode-se dimensionar como em 2022 as chuvas estão diminutas.
Fevereiro deste ano registrou o pior volume acumulado pluviométrico desde 2016. O mês naquele ano fechou com apenas 53,1 mm de chuva. Os dados são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). No entanto, eles são parciais e podem sofrer atualização.
Para o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Flaviano Fernandes, "o oceano Atlântico tropical foi o grande responsável pela falta de chuva. O Atlântico Sul não aqueceu como se esperava e o Atlântico Norte não resfriou também", detalha.
Além disso, completa o especialista, "outro fenômeno que ficou abaixo do esperado foi a Oscilação de Madden-Julian. Esse fenômeno não contribuiu com as chuvas". O Madden-Julian é uma célula de convecção tropical que viaja de oeste para leste na faixa equatorial e pode favorecer a ocorrência de chuvas no Nordeste brasileiro.
Com informações do Diário do Nordeste.