sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Brasil é o país com a menor rejeição à vacina contra o coronavirus na América Latina, aponta estudo

Uma pesquisa realizada pelo Banco Mundial e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostrou que o Brasil é país que tem a menor rejeição à vacina contra a Covid-19 na América Latina. Os dados são da segunda fase do levantamento, divulgados nesta semana em Washington, nos Estados Unidos. As informações são da BBC.

O estudo, feito a partir de ligações telefônicas periódicas a domicílios de 24 países da região, aponta que enquanto a taxa média de hesitação vacinal está em aproximadamente 8% na área geográfica em questão, no Brasil, ela representa cerca de 3%, menos do que a metade.

Na outra ponta, a média dos latino-americanos imunizados contra a doença está em 51%. No Brasil, o percentual atingiu 90% do público-alvo vacinado com a primeira dose, conforme o Ministério da Saúde. Atualmente, o País supera os americanos alguns países europeus no que se refere à cobertura vacinal.

De acordo com a pesquisa, as áreas rurais e pobres são as mais impactadas negativamente pela política antivacina na América Latina.

"Entre os não vacinados, mais da metade afirma que sua indisposição deriva da falta de confiança e uma preocupação com a eficácia da vacina. A hesitação vacinal é particularmente alta entre as famílias rurais e indivíduos com níveis de escolaridade mais baixos. A população do Caribe apresenta os níveis mais altos de hesitação vacinal", diz o relatório.

PAÍS COM A MENOR TAXA DE IMUNIZAÇÃO

Também segundo o estudo, o Haiti é o país que tem a menor taxa de imunização contra a Covid-19 (menos de 1%) e o maior número de pessoas que se recusam a tomar o imunobiológico (quase 60%).

O país caribenho foi a última nação das Américas a receber doses para começar a cobertura vacinal. Depois do Haiti, habitantes de Jamaica e Santa Lúcia são os que mais rejeitam o imunizante, com 50% e 43%, respectivamente.

ACESSO À SAÚDE X ACESSO À EDUCAÇÃO

Conforme o levantamento do Banco Mundial e da PNUD, o acesso à saúde no continente melhorou e retornou a níveis atingidos antes da pandemia.

Enquanto 48% dos latino-americanos, em média, buscaram atendimento médico emergencial há pouco tempo, 47% da população declarou ter buscado esse serviço recentemente por razões preventivas.

No entanto, o mesmo não aconteceu quando se fala no acesso à educação. Ao todo, 23% das crianças em idade escolar na região iam a aulas presenciais. No Brasil, o quantitativo ficou em torno de 40%.

Com informações do Diário do Nordeste.