sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Ceará ainda tem mais de 600 mil pessoas sem nenhuma dose da vacina contra o coronavirus

Falta menos de um mês para o Ceará completar o primeiro ano de vacinação contra a Covid-19. Enquanto uma parte importante da população já está recebendo a dose de reforço, há mais de 600 mil cearenses que sequer receberam a primeira dose.

O cálculo do Diário do Nordeste se baseia em dados do vacinômetro estadual divulgado diariamente pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), que também usa como base informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Até a última quarta-feira (29), foram vacinadas com a primeira dose 6,99 milhões de pessoas com mais de 12 anos, que é a menor faixa etária apta ao imunizante, conforme decisão das autoridades de saúde do Brasil.

Porém, mesmo sem o Censo Demográfico atualizado, o IBGE estima 7.681.764 habitantes com mais de 12 anos no Estado, em 2021. Ou seja, até o momento, 684 mil pessoas estariam descobertas.

O vacinômetro da Sesa explica que, embora a meta por faixa etária tenha sido calculada de acordo com as estimativas populacionais do IBGE, a vacinação acontece mediante o cadastro na plataforma Saúde Digital.

Se forem considerados esses dados, a diferença se torna ainda maior: até quarta-feira (29), foram cadastradas 8,3 milhões de pessoas, das quais 6,3 milhões tiveram a inscrição confirmada.

Richristi Gonçalves, secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, reforça a importância da imunização porque o vírus da Covid-19 ainda está circulando no Estado, inclusive com “aumento progressivo” e “maior contaminação das pessoas” no fim de 2021.

Um dos principais alertas se refere à variante Ômicron, já detectada no Estado em três viajantes vindos do exterior. Porém, ela pondera que já pode haver transmissão comunitária, quando não é possível determinar a origem da infecção.

Gonçalves apela que os cearenses busquem a vacinação, seja para a primeira, segunda ou terceira dose (reforço). Conforme a divisão do Sistema Único de Saúde, é importante consultar as prefeituras municipais ou as secretarias de Saúde.

“Por mais que as pessoas adoeçam, porque há muitas mutações nessa variante e pode haver escape vacinal, temos um ganho importante com a imunização. Os casos não estão agravando”, lembra.

Com informações do Diário do Nordeste.