Um grupo se manifestou contra a violência doméstica e pela libertação de Maria Aparecida Barroso, de 36 anos, presa preventivamente, na última segunda-feira (27), por tentativa de homicídio contra o marido. Ela aguarda a revogação da prisão temporária de 30 dias. O ato ocorreu na manhã desta sexta (1º), no Centro de Canindé, no Interior do Ceará.
Segundo as investigações, Aparecida tentava a separação há cerca de dois anos, quando descobriu que Jaelson Oliveira, de 36 anos, se relacionava sexualmente com a própria filha, de 20 anos.
No entanto, apontou o delegado do caso, Daniel Aragão, Maria Aparecida seria vítima de violência doméstica e obrigada a manter o casamento para que o marido mantivesse a relação incestuosa fora de suspeitas.
No ato de hoje, formado em sua maioria por mulheres, além de pedir pela libertação de Aparecida, manifestantes empunhavam cartazes com mensagens contra as violências físicas e psicológicas.
Para a cabeleireira Leonara Fernandes, de 30 anos, o caso da Maria Aparecida expõe o silêncio imposto pelo medo vivido por tantas vítimas de abusos. "Não estamos a favor do que ela fez [tentativa de homicídio]. Porém, ela sofreu ameaças", disse.
"Ela é uma mulher, mãe de família, trabalhadora e guerreira como todas nós, mas foi obrigada a conviver com um monstro diariamente em casa e não conseguiu pedir socorro", apontou.
A agente de Saúde Edna Barroso, prima da suspeita, disse que ela é uma pessoa “muito calma” e deve ter cometido o crime “sob pressão e ameaças”.
“Estou aqui para pedir a liberdade de Aparecida. Ela é uma boa filha, mãe e muito bem-quista na Cidade. Ela precisa cuidar do filho dela”, observou.
Com informações do Diário do Nordeste.