quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Equipamentos turísticos do Cariri voltam a receber visitantes; saiba o que funciona

Seja pela religiosidade, manifestações populares ou suas riquezas naturais, o Cariri é um dos principais destinos do Ceará. No entanto, assim como em outros lugares do mundo, a pandemia da Covid-19 fez com que equipamentos fossem fechados, o que começa a mudar com a flexibilização de medidas para conter a doença.

Com a reabertura, é possível conferir os diversificados destinos da região, que vão dos destinos tradicionais - como os símbolos em torno da fé do Padre Cícero e o turismo científico, às novas experiências - como os museus orgânicos que oferecem contato com mestres da cultura.

O Diário do Nordeste mostra como estão os principais pontos de visitação do Cariri, as medidas sanitárias adotadas e a perspectiva para os próximos meses.

HORTO

Cartão-postal de Juazeiro do Norte, a estátua do Padre Cícero está aberta para visitação com todos seus equipamentos — além do monumento, Museu Vivo e Igreja Bom Jesus do Horto — desde o último dia 3 de julho. Atualmente, o complexo funciona com restrição de 60% de sua capacidade e limitação do comércio ambulante no entorno. As visitas estão restritas ao horário de 7h às 17h.

Como funciona por setores, a capacidade da Colina do Horto, está dividida da seguinte forma: o pátio da estátua pode receber até 3 mil pessoas; o Museu Vivo do Padre Cícero tem limitação de até 800 pessoas; já a Igreja Bom Jesus do Horto, pode receber até 1,5 mil pessoas.

Antes da pandemia, a média diária de visitantes no Horto variava entre 3 mil a 5 mil pessoas em períodos regulares — durante as romarias chega a ser quatro vezes maior.

Hoje, segundo a gestora da Colina do Horto, Francisca Maria de Santana, apenas no domingo e sábado o número consegue se aproximar disso, com 4 mil e 2 mil visitantes, respectivamente. “Durante a semana já varia muito, em torno de 200. Alguns dias chega a 500 pessoas”, detalha.

Na sua avaliação, o fluxo atual de visitantes tem sido bom para conter aglomerações e evitar o contágio pelo coronavírus. “Quando aumenta, realizamos filas para organização na entrada do museu”, detalha.

Os outros espaços são ao ar livre, mas, mesmo assim, a organização disponibiliza álcool em gel nos setores e pias para manter a higiene das mãos. “O movimento ainda é pouco, pois as pessoas ainda têm medo”, completa Francisca.

GEOSSÍTIOS

Criado em 2006, o Geopark Araripe está presente em seis municípios da região do Cariri e hoje possui nove geossítios, que são grandes atrações, seja do turismo de lazer ou de interesse científico. Cada um deles possui características peculiares e, naturalmente, regramentos específicos em relação aos visitantes, nesta pandemia. Contudo, todos eles estão recebendo visitantes.

Os geossítios são a Colina do Horto, em Juazeiro do Norte; Cachoeira de Missão Velha e Floresta Petrificada do Cariri, ambas em Missão Velha; Pedra Cariri, Parque dos Pterossauros, Pontal de Santa Cruz, em Santana do Cariri; Batateira, em Crato; Riacho do Meio, em Barbalha e Ponte de Pedra, em Nova Olinda. O primeiro, obedece às regras já citadas anteriormente.

Os demais, por serem áreas abertas, não têm problemas para visitação, explica o diretor-executivo do Geopark Araripe, Nivaldo Soares. Com exceção da Floresta Petrificada, em Missão Velha, que por estar em um terreno particular, sua trilha fica fechada e é necessário solicitar a chave junto com a entidade ou a Associação dos Guias de Turismo do Cariri.

“A gente orienta que quem queira visitar vá acompanhado. Mas lá é um ambiente mais de observação científica”, explica. Mais informações pelo telefone (88) 3102-1237.

Com informações do Diário do Nordeste.