Após 1 ano e 4 meses livre do sarampo, o Ceará confirmou um caso da doença, em julho. Com isso, o Estado volta a recomendar a vacinação antecipada de bebês de 6 meses, para protegê-los de eventual surto da virose.
As informações foram confirmadas pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), no dia 26 de julho, em nota técnica de alerta.
No documento, a Pasta orienta que profissionais de saúde mantenham nível de alerta máximo para identificação e contenção de possíveis infecções. O vírus se mantém em circulação ativa em seis estados:
Ceará - 1 caso
Amapá - 394 casos
Pará - 88 casos
Alagoas - 10 casos
São Paulo - 6 casos
Rio de Janeiro - 1 caso
DOSE ZERO DA VACINA
Em junho, a Sesa havia suspendido a aplicação da chamada “dose zero” da tríplice viral em bebês menores de 1 ano, medida que era emergencial e temporária. Pelo Calendário Nacional de Vacinação, a tríplice só é aplicada aos 12 meses (D1) e aos 15 meses de vida (D2).
Em entrevista ao Diário do Nordeste, em junho, a pediatra Vanuza Chagas já havia alertado que “as crianças são as mais suscetíveis a complicações e sequelas do sarampo” e que, por isso, é preciso manter o esquema vacinal completo e atualizado.
O sarampo já foi uma das principais causas de mortalidade infantil, e a volta se deu justamente pela queda da cobertura vacinal.
A Sesa orienta que “pessoas com viagens programadas busquem o posto de saúde mais próximo para verificar a necessidade de se vacinar contra o sarampo”, e alerta que “toda pessoa não vacinada e que nunca teve a doença é suscetível a contrair”. A vacina é a única forma de prevenção.
Com informações do Diário do Nordeste.