quinta-feira, 29 de julho de 2021

Universidade Estadual do Ceará desenvolve teste rápido e de baixo custo para diagnóstico do coronavirus

A Universidade Estadual do Ceará (Uece), por meio do Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular (LBBM), desenvolveu um teste rápido e de baixo custo para diagnóstico da Covid-19. O resultado do teste, feito a partir da saliva ou de secreções nasais, sai entre três e cinco minutos.

De acordo com a Uece, o teste obteve o mesmo nível de eficácia dos testes padrão ouro RT-PCR, cujo processo é demorado, de elevado custo, com envolvimento de pessoal qualificado. Na comparação entre os testes, portanto, o desenvolvido pelo LBBM apresentou vantagens econômicas e de aplicabilidade.
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“O teste desenvolvido na Uece poderá ser aplicado em crianças ou em pessoas, inclusive, à beira do leito. Basta pegar uma gotinha de saliva para fazer o teste. O método também é ideal para fazer triagem e monitoramento em grandes eventos, como as Olimpíadas, por exemplo, em que é preciso testar todos os participantes de forma rápida”, frisa a coordenadora do LBBM, professora Izabel Florindo Guedes.

Além de fornecer resultados de modo mais seguro e prático, o teste não requer mão de obra extremamente qualificada. Logo, pode ser facilmente realizado em laboratórios, bem como em locais de atendimento ao público, em escolas, etc., endossa o pesquisador do LBBM, Valdester Cavalcante Pinto Júnior.

“Após a coleta da saliva, ela é colocada em uma membrana [suporte sólido] onde acontece sua dispersão. Em seguida, são sobrepostos a essa membrana os anticorpos do SARS-CoV-2 [causador da Covid-19]. O anticorpo reage com o antígeno e daí surge uma ‘marca’ nos testes dos pacientes que forem positivos”.

Também pesquisador do LBBM, Luiz Francisco Wemmenson Gonçalves Moura corrobora que o modelo de teste da Uece se mostrou de "alta sensibilidade e elevada especificidade".

"As amostras que tinham PCR positivo [também] reagiram no nosso teste. A gente repetiu os testes para ver se não haveria reação cruzada e, quando pegamos o nosso banco de amostras, com salivas de crianças coletadas em 2017, antes da pandemia, de fato, não reagiu".

Com informações do Diário do Nordeste.