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| Foto Dinuka Liyanawatte/Reuters |
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa-CE) informou, na manhã desta sexta-feira (2), que 1.839 mulheres gestantes ou que deram à luz recentemente (puérperas) receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca. As aplicações ocorreram antes de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendar a suspensão da administração do imunizante a esse público.
O Governo do Ceará suspendeu a aplicação da AstraZeneca, desenvolvida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em maio deste ano. Segundo a Anvisa, há sinais de eventos adversos ocorridos em função da vacinação neste público.
A discussão voltou à tona após a Prefeitura do Rio de Janeiro autorizar que grávidas que receberam a vacina como primeira dose possam tomar a segunda dose de Pfizer. A cidade é a primeira capital do País a adotar a combinação de imunizantes.
O número de aplicações da AstraZeneca em gestantes ou puérperas é equivalente a 4,6% do total de primeiras doses aplicadas neste público prioritário no Ceará até esta última quinta-feira (1º), conforme o Vacinômetro, gerenciado pela Sesa.
No Ceará, a Secretaria da Saúde ainda mantém a orientação do Ministério da Saúde para que gestantes e puérperas tomem a segunda dose do mesmo imunizante 45 dias após o parto. A definição consta no Plano Nacional de Imunizações (PNI).
Municípios
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza deverá seguir o PNI e as recomendações da Sesa de aplicação após os 45 dias do parto. A gestão municipal informou que todas as vacinas aplicadas neste grupo foram em profissionais da saúde que estavam grávidas.
A Secretaria Municipal de Saúde de Sobral, município do Norte do Estado, disse que irá seguir a nota técnica da Sesa. De acordo com a assessoria de comunicação, será aplicada a vacina que for indicada pela Anvisa. Em Sobral, 866 mulheres estão nesta situação.
Já em Pindoretama, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), apenas sete gestantes receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca. Segundo o secretário da saúde do município, Rilson Sousa de Andrade, "ela não é mais liberada para gestante. A gente vai aguardar o parto e, depois dos 45 dias, vamos aplicar a Pfizer ou CoronaVac", afirmou.
Com informações do G1 Ceará.
