segunda-feira, 21 de junho de 2021

Número de cidades cearenses em alerta 'altíssimo' para transmissão do coronavirus cai 18% em um mês

Pela segunda vez consecutiva, o risco de transmissão da Covid-19 entre os municípios do Ceará apresentou redução. Conforme dados do boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde (Sesa) do Ceará, atualmente 150 cidades estão em alerta "altíssimo", 14 a menos do que o verificado há duas semanas.

Além disso, quatro cidades estão com alerta moderado (nível 2): Eusébio, Cariré, Brejo Santo, Choró. Este é o maior número de cidades cearenses no nível 2 desde abril. O boletim, referente às semanas epidemiológicas 23 e 24, entre 6 a 19 de junho, traz ainda que 30 cidades estão no nível de alerta "alto" para transmissão da Covid-19. No boletim anterior eram 23.

Há um mês - entre os dias 2 a 15 de maio -, 182 municípios, ou 98,90% de todas as cidades cearenses, estavam na classificação de nível 4. Quando comparado a este período, a redução atual de cidades no alerta máximo foi de 17,58%, o que revela uma tendência de melhora no cenário pandêmico do Estado.

A melhor marca, antes dessa atual, havia sido registrado pela Sesa entre os dias 21 de fevereiro a 6 de março - semanas epidemiológicas 8 e 9. Naquele período, eram 101 municípios no nível 4 de transmissão.

MUNICÍPIOS NA CLASSIFICAÇÃO DE NÍVEL DOIS:

Eusébio (Região Metropolitana de Fortaleza)
Cariré (Região Norte)
Brejo Santo (Sul do Estado)
Choró (Sertão Central)

MUNICÍPIOS NA CLASSIFICAÇÃO DE NÍVEL TRÊS:

Granja, Camocim, Jijoca de Jericoacoara, Acaraú, Itarema, Martinópole, Uruoca, Marco, Bela Cruz, Coreaú, Frecheirinha - que estava no nível 2 há duas semanas -, Groaíras (Região Norte)
Santa Quitéria, Itatira, Madalena, Independência (Sertão de Crateús),
Mombaça, Quixadá (Sertão Central)
Maranguape, Aquiraz, Horizonte, Pindoretama, Pacajús, Horizonte, Fortim (RMF)
São João do Jaguaribe, Jaguaretama, Jaguaribe (Vale do Jaguaribe)
Icó (Centro-Sul)
Jati (Sul do Estado)

Nenhuma cidade cearense está na classificação de risco 1 ou "novo normal". O boletim analisa indicadores e classifica as cidades em quatro níveis de alerta: 'novo normal', moderado (nível 2), alto (nível 3) e altíssimo (nível 4).

INDICADORES

Dos 5 indicadores utilizados para analisar a situação epidemiológica, apenas dois aponta para tendência crescente: a incidência de Covid-19 por dia para cada 100 mil habitantes, que atualmente está em 192,8 - no boletim anterior era de 206,1 - e taxa de positividade em testes RT-PCR, que está em 36,9%. Há duas semanas era 40%.

Os demais indicadores apresentam tendência de queda, segundo a Sesa: internações por causas respiratórias, atualmente em 347,1 (era 380 há duas semanas); o percentual de leitos UTI-Covid ocupados, cujo índice atual é de 85,5%, inferior aos 87,7% do boletim anterior e taxa de letalidade, atualmente em 2,4%.

Apesar da tendência de queda, este último indicador foi o único que aumentou. Há duas semanas a taxa era de 1,4% e apontava tendência de alta, o que viria a se confirmar.

Das cinco regiões de Saúde do Ceará (Cariri, Fortaleza, Sertão Central, Litoral Leste/Jaguaribe e Sobral), a de Fortaleza é a que possui maior taxa de letalidade, com 2,6%. Como agravante, este índice, na região, apresenta tendência de crescimento.

Fortaleza: passou de 1,5% para 2,6% (tendência crescente)
Cariri: passou de 2,1% para 2,5% (tendência de estabilidade)
Sobral: passou de 1,3% para 2,3% (tendência decrescente)
Litoral Leste/Jaguaribe: passou de 1% para 2,3% (tendência decrescente)
Sertão Central: passou de 0,6% para 1,8% (tendência crescente)

QUEDA NA PROCURA POR LEITOS

A região de Saúde de Fortaleza - composta pela Capital cearense e mais 43 cidades - é a que apresenta, pelo segundo boletim consecutivo, o menor índice de ocupação dos leitos de UTI, com 80,2%%. Das cinco regiões, apenas Cariri apresentou discreto aumento em relação há duas semanas:
Fortaleza: 83,4% para 80,2%
Sobral: 93,6% para 93,4%
Cariri: 94,4% para 94,7%
Sertão Central: 95,6% para 93,4%
Litoral Leste/Jaguaribe: 96,9% para 93,8%

SAIBA QUAIS SÃO AS CLASSIFICAÇÕES DE RISCO
ALTÍSSIMO OU NÍVEL 4

Taxa de ocupação dos leitos maior que 95%; taxa de letalidade maior que 3%; percentual de positividade de testes para diagnóstico de Covid-19 maior que 75%.
ALTO OU NÍVEL 3

Taxa de ocupação dos leitos entre 80,1% e 95%; taxa de letalidade entre 2% e 3%; percentual de positividade de testes para diagnóstico de Covid-19 entre 50% e 75%.
MODERADO OU NÍVEL 2

Taxa de ocupação dos leitos entre 70% e 80%; taxa de letalidade entre 1% e 2%; percentual de positividade de testes para diagnóstico de Covid-19 entre 25% e 49,9%.

Com informações do Diário do Nordeste.