sábado, 27 de fevereiro de 2021

Edson Cariús revela motivos para volta ao Brasil e frustração com o Fortaleza; veja entrevista exclusiva

O atacante Edson Cariús, do Fortaleza, será apresentado ao Remo/PA nesta segunda-feira (1), por empréstimo do Leão do Pici. O atleta será opção do time comandado pelo técnico Paulo Bonamigo para o Estadual e para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Em 2020, o jogador de 32 anos foi emprestado para o Al-Jabalain, da Arábia Saudita, mas não se adaptou ao país e voltou para solo cearense em 2021. Sondado pelo Botafogo, Cariús escolheu ir para o Remo pois não seria usado no Fortaleza, motivo de frustração segundo o atleta, entrevistado neste sábado (27) no programa A Grande Jogada, da TV Diário.

Os motivos para a volta ao Brasil, a expectativa para a nova temporada e outros assuntos foram revelados por Cariús na conversa, disponível abaixo.

Confira os principais pontos da entrevista

Ida para o Remo

"Amanhã já estarei viajando. Minha carreira sempre foi feita de desafios. Espero corresponder à altura. O Remo é um clube grande, que todo jogador deseja jogar. Tinham algumas propostas mas pesou o fato do próprio treinador ter me ligado. Isso a gente sente confiança e será um prazer trabalhar com ele, um treinador vitorioso"

Experiência na Arábia Saudita

"Temos que falar o que acontece. Muitas vezes, a gente se omite e a situação acaba sobrando para o jogador. Eu esperava ser bem recebido pelos meus próprios amigos brasileiros lá e não tive isso. Acabou sendo desfavorável para mim. Todo mundo na Arábia está lá para ganhar dinheiro, mas, além disso, tem vários fatores que envolvem a ida. Acabei sendo prejudicado por alguns companheiros brasileiros que fizeram minha cova para sair do clube. Não tenho rancor dessas pessoas, espero que sigam a carreira deles com paz. Espero que eles não passem pelo o que passei"

"Hoje sou um cara realizado no futebol pois deu uma vida melhor para minha família. Não tenho do que reclamar. O futebol é um meio sujo pela forma com que as pessoas agem, pelo maltrato"

Retorno ao Fortaleza

"Eu tinha essa esperança de voltar e ajudar o Fortaleza. Na Arábia, acompanhei todos os jogos, alguns às 3h da manhã lá. Mesmo sabendo que tinha que treinar às 3h da tarde, ia dormir quase 6h da manhã acompanhando. Foi bem difícil e me senti no lugar dos jogadores daqui, passando pela dificuldade. Eu esperava voltar e ajudar, mas foi o inverso"

"Quando paro para pensar, vejo essa frustração porque eu poderia ajudar. Às vezes até com uma palavra você pode ajudar um companheiro. Eu queria permanecer pois sei que poderia contribuir nessa temporada que vem pela frente, mas sabemos que o futebol é dessa forma. Agora é seguir e trabalhar"

Chance de jogar no Ceará

"Eu não aceitaria. Respeito a instituição, mas torço pelo Fortaleza, então não iria para o Ceará"

Relação com o Ferroviário

"O carinho que tenho pelo Ferroviário é gigantesco, pelos títulos, pela torcida que sempre me apoiou. Me identifiquei com o clube"

Com informações do Diário do Nordeste.