Natural de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Júlio César Garcia de Alencar, 31 anos, foi um dos primeiros cearenses a receber a CoronaVac em São Paulo — vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e liberada para uso emergencial ontem (17). Ele é médico e supervisor do pronto-socorro da clínica médica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Júlio tomou a primeira dose da CoronaVac ontem (17), quando todo o País acompanhou a liberação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. Em sua conta no Instagram, o médico escreveu que “a CoronaVac representa a vitória da ciência sobre a omissão” e elogiou a “competência” e a “coragem” dos cientistas.
Em entrevista ao Diário do Nordeste, o médico falou sobre suas expectativas em relação à imunização. “Minha impressão é de que a vacinação é o começo do fim da pandemia. Não é o fim ainda, infelizmente vai demorar até que todos os brasileiros possam receber e a gente entenda enquanto imunização”, compreende o profissional.
Por isso, ele ressalta que o momento ainda não é de relaxamento das medidas de distanciamento social e de uso da máscara e de álcool em gel para higienização constante das mãos. “Isso tudo tem que continuar”, afirma.
O emergencista também enxerga a vacinação como um “sopro de esperança” num momento em que está, profissionalmente, cansado de ver aumento de casos e disputas políticas em torno dos imunizantes. “A vacina, pra mim, é esperança. De redução da doença, redução de mortalidade, redução de paciente crítico. A gente tem uma luz no fim do túnel, um horizonte”.
Com informações do Diário do Nordeste.