Depois de um período de baixa procura por conta da pandemia, o número de casamentos civis voltou a crescer no Ceará. Setembro registrou a maior quantidade de cerimônias realizadas este ano, com 2.382 uniões oficializadas. A soma é maior que o número de uniões civis contabilizadas em igual mês no ano passado quando foram celebrados 2.068 casamentos.
Os dados são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) e sinalizam um retorno progressivo dos registros de união civil no Ceará em meio à pandemia de Covid-19. Nas estimativas do órgão, setembro superou o mês de janeiro que, com 2.152, se mantinha como o de maior acumulado de casamentos em 2020.
Ainda segundo a Arpen, em abril – 1º mês com medidas de isolamento mais rígidas por conta da pandemia – foi anotada a menor procura de 2020, com apenas 414 cerimônias realizadas. A redução continuou durante os meses de maio e junho, com 563 e 948 casamentos oficializados, respectivamente.
Quando se compara a quantidade de cerimônias realizadas em abril e setembro, no Ceará, o crescimento das oficializações fica mais expressivo. O número de casamentos civis neste período aumentou aproximadamente 475%.
Em 2020, o fluxo só voltou a superar a casa das mil cerimônias mensais a partir de julho, quando 1.675 casais buscaram os cartórios para registrar a união. A procura foi mantida no mês seguinte, em agosto, com 1.672 casamentos realizados. Durante o mês de outubro, até ontem, 1.168 cerimônias civis foram concluídas, enquanto em igual período do ano passado, 1.303.
No somatório total, entre janeiro e 19 de outubro de 2019, foram 19.301 casamentos. O acumulado deste ano, 13.960, é 27,6% menor que o registrado anteriormente.
Mudanças
A maior procura aos cartórios alterou os planos da psicóloga Paula Suzelle, e do noivo Bruno Caetano, educador físico, ambos de 25 anos. Com a data da cerimônia religiosa marcada para o dia 8 de novembro, o casal esperava realizar a cerimônia civil no começo do próximo mês no Cartório do Mucuripe, localizado no bairro Meireles, em Fortaleza.
A data, contudo, precisou ser alterada. “Nosso plano era realizar a cerimônia civil e a religiosa em datas próximas. Quando chegamos ao cartório, nos informaram que o próximo dia livre seria 24 de novembro. Como queremos muito casar naquela unidade, aceitamos”, conta Paula.
Foi a segunda vez que Paula e Bruno alteraram a data de casamento por causa do isolamento social. O casal pretendia casar em agosto, mas por conta das restrições adiaram a cerimônia por alguns meses. “Vimos que o isolamento ainda estava bem rígido. Então, resolvemos esperar mais um pouquinho. Acompanhamos todas as liberações e fomos ganhando confiança até resolver por datas em novembro”, explica a psicóloga.
Devido à indisponibilidade, a cerimônia religiosa foi marcada antes da civil. “Conseguimos um termo para levar para Igreja mostrando que estamos com tudo pago e que, realmente, não casamos no civil por falta de vaga”, ressalta Paula, que garante: a festa seguirá todos os protocolos de saúde. “Será para 90 convidados e na praia. Já estava nos nossos planos desde o começo. Acabou que estamos seguindo também as recomendações sanitárias por conta dessa cerimônia intimista”, brinca a noiva.
Apesar das altas percebidas nos últimos dias, o número de casamentos civis realizados entre janeiro e outubro deste ano no Ceará ainda é menor do que a quantidade anotada em igual período de 2019. Até o dia 19 de outubro do ano passado, 1.303 casais cearenses oficializaram a união. Em 2020, a soma de cerimônias em igual período caiu para 1.168. A queda de um ano para o outro foi de 30%.
A tendência cearense segue o percebido nacionalmente. No acumulado entre janeiro e outubro de 2020, ainda segundo o levantamento da Arpen, o Brasil contabilizou 479.675 cerimônias civis. É 35% a menos do que o número de registros de casamento em 2019, que somou 748.247.
De acordo com o oficial do Cartório de Registro Civil do 3º Ofício de Fortaleza, Vitor Storch de Moraes, a realização de cerimônias ainda está restrita tendo em vista a circulação do novo coronavírus.
Casamentos coletivos, por exemplo, seguem sem possibilidade de marcação. A demanda que está sendo atendida agora, com a flexibilização dos serviços, deve atender a uma série de protocolos.
“Hoje, são casamentos rápidos, cerimônias simplificadas e com poucos convidados. A adaptação foi real e a gente tem impressão de que ela vai continuar pelo menos até que haja uma vacina e que a população esteja toda imunizada. Ainda vai demorar um bom tempo para gente poder falar em cerimônias coletivas”, afirma.
Com informações do Diário do Nordeste.
Os dados são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) e sinalizam um retorno progressivo dos registros de união civil no Ceará em meio à pandemia de Covid-19. Nas estimativas do órgão, setembro superou o mês de janeiro que, com 2.152, se mantinha como o de maior acumulado de casamentos em 2020.
Ainda segundo a Arpen, em abril – 1º mês com medidas de isolamento mais rígidas por conta da pandemia – foi anotada a menor procura de 2020, com apenas 414 cerimônias realizadas. A redução continuou durante os meses de maio e junho, com 563 e 948 casamentos oficializados, respectivamente.
Quando se compara a quantidade de cerimônias realizadas em abril e setembro, no Ceará, o crescimento das oficializações fica mais expressivo. O número de casamentos civis neste período aumentou aproximadamente 475%.
Em 2020, o fluxo só voltou a superar a casa das mil cerimônias mensais a partir de julho, quando 1.675 casais buscaram os cartórios para registrar a união. A procura foi mantida no mês seguinte, em agosto, com 1.672 casamentos realizados. Durante o mês de outubro, até ontem, 1.168 cerimônias civis foram concluídas, enquanto em igual período do ano passado, 1.303.
No somatório total, entre janeiro e 19 de outubro de 2019, foram 19.301 casamentos. O acumulado deste ano, 13.960, é 27,6% menor que o registrado anteriormente.
Mudanças
A maior procura aos cartórios alterou os planos da psicóloga Paula Suzelle, e do noivo Bruno Caetano, educador físico, ambos de 25 anos. Com a data da cerimônia religiosa marcada para o dia 8 de novembro, o casal esperava realizar a cerimônia civil no começo do próximo mês no Cartório do Mucuripe, localizado no bairro Meireles, em Fortaleza.
A data, contudo, precisou ser alterada. “Nosso plano era realizar a cerimônia civil e a religiosa em datas próximas. Quando chegamos ao cartório, nos informaram que o próximo dia livre seria 24 de novembro. Como queremos muito casar naquela unidade, aceitamos”, conta Paula.
Foi a segunda vez que Paula e Bruno alteraram a data de casamento por causa do isolamento social. O casal pretendia casar em agosto, mas por conta das restrições adiaram a cerimônia por alguns meses. “Vimos que o isolamento ainda estava bem rígido. Então, resolvemos esperar mais um pouquinho. Acompanhamos todas as liberações e fomos ganhando confiança até resolver por datas em novembro”, explica a psicóloga.
Devido à indisponibilidade, a cerimônia religiosa foi marcada antes da civil. “Conseguimos um termo para levar para Igreja mostrando que estamos com tudo pago e que, realmente, não casamos no civil por falta de vaga”, ressalta Paula, que garante: a festa seguirá todos os protocolos de saúde. “Será para 90 convidados e na praia. Já estava nos nossos planos desde o começo. Acabou que estamos seguindo também as recomendações sanitárias por conta dessa cerimônia intimista”, brinca a noiva.
Apesar das altas percebidas nos últimos dias, o número de casamentos civis realizados entre janeiro e outubro deste ano no Ceará ainda é menor do que a quantidade anotada em igual período de 2019. Até o dia 19 de outubro do ano passado, 1.303 casais cearenses oficializaram a união. Em 2020, a soma de cerimônias em igual período caiu para 1.168. A queda de um ano para o outro foi de 30%.
A tendência cearense segue o percebido nacionalmente. No acumulado entre janeiro e outubro de 2020, ainda segundo o levantamento da Arpen, o Brasil contabilizou 479.675 cerimônias civis. É 35% a menos do que o número de registros de casamento em 2019, que somou 748.247.
De acordo com o oficial do Cartório de Registro Civil do 3º Ofício de Fortaleza, Vitor Storch de Moraes, a realização de cerimônias ainda está restrita tendo em vista a circulação do novo coronavírus.
Casamentos coletivos, por exemplo, seguem sem possibilidade de marcação. A demanda que está sendo atendida agora, com a flexibilização dos serviços, deve atender a uma série de protocolos.
“Hoje, são casamentos rápidos, cerimônias simplificadas e com poucos convidados. A adaptação foi real e a gente tem impressão de que ela vai continuar pelo menos até que haja uma vacina e que a população esteja toda imunizada. Ainda vai demorar um bom tempo para gente poder falar em cerimônias coletivas”, afirma.
Com informações do Diário do Nordeste.