quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Área com seca fraca no Ceará aumenta de 40% para 62% em setembro, aponta estudo

O Ceará registrou expansão das áreas secas de 40,29% para 62,32% em setembro passado se comparado com o mês anterior. A análise foi divulgada nesta quarta-feira (21), pelo Monitor de Secas. Esta é a maior área com seca desde fevereiro deste ano, quando 68,3% do Estado registrou o fenômeno. Com o agravamento atual do quadro, o estuda aponta impactos de curto e longo prazos nas regiões mais afetadas: Sertão Central, Sertão de Crateús, Inhamuns, Centro-Sul e Cariri.

A área que expandiu o fenômeno típico dessa época do ano no semiárido nordestino, é classificada como ‘seca fraca’, mas tende a se “intensificar nos próximos meses até a chegada do período chuvoso”, segundo análise do meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Flaviano Rodrigues.

Em igual período de 2019, a situação, no entanto, era pior. O Ceará tinha, em setembro, 70,38% do seu território variando entre seca fraca e moderada, sendo que este último nível não é observado atualmente.

Além do Ceará, o umento das áreas com seca foi verificado outras 13 das 19 unidades da Federação acompanhadas: Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. A redução de áreas com o fenômeno aconteceu somente no Rio Grande do Sul.

Três estados que passam por forte seca permaneceram com 100% de seus territórios com o fenômeno em setembro: Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. A Bahia se manteve no patamar de 68% de sua área com seca.

A expansão da seca, segundo explica o meteorologista da Funceme, Raul Fritz, "significa que há possibilidade de déficit hídricos prolongados, pastagens ou culturas não completamente recuperadas”.

Análise

O Monitor da Seca é uma ferramenta coordenada pela Agência Nacional de Águas (ANA) desde 2017. No Ceará tem o apoio da Funceme e parceria com outras instituições estaduais e federais.

Com informações do Diário do Nordeste.