sábado, 15 de agosto de 2020

Motorista de aplicativo foi morto ao se recusar a passar para o banco traseiro, diz polícia

Motorista de aplicativo foi morto ao se recusar a passar para o banco traseiro, diz polícia
O motorista de aplicativo Alexandre Fernandes, 32 anos, encontrado morto na noite desta quarta-feira (12), às margens da BR-116, entre Itaitinga e Aquiraz, na Grande Fortaleza, foi morto momento após ser abordado pelos criminosos ao se recusar a passar para o banco traseiro do carro. Os suspeitos da morte do motorista fazem parte de um grupo de desmanche de carros roubados e revenda de peças. Segundo a polícia, a quadrilha já praticou crimes contra 20 a 25 vítimas na Região Metropolitana.

“Eles se tratam de uma quadrilha voltada ao roubo de veículos para desmanche e muitas vezes eles focavam no roubo de veículos de motoristas de aplicativos. Eles tinham preferência por essas vítimas”, disse secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa.

A informação foi confirmada pela Polícia Civil na manhã desta últuma sexta-feira (14), durante coletiva à imprensa.

Segundo a polícia, os suspeitos, após renderem o motorista de aplicativo, exigiram que ele fosse para o banco traseiro do veículo. Foi o momento em que Alexandre teria reagido e foi atingido por disparos de arma de fogo. Alexadre foi atingido na cabeça e toráx. De acordo com as investigações da polícia, o grupo pediu uma corrida por aplicativo partindo do Bairro Maraponga e, assim que a vítima parou para embarcar os suspeitos, Alexandre foi rendido.

O corpo de Alexandre foi encontrado por uma senhora em um matagal. Logo em seguida, ela acionou a polícia. O Corpo de Bombeiros foi chamado para auxiliar na remoção do corpo. O cunhado de Fernandes esteve no local do achado para o reconhecimento do corpo.

Desmanche de automóveis

Ainda segundo a polícia, os cinco suspeitos presos na madrugada desta sexta-feira (14) fazem parte de uma organização criminosa especializada no desmanche de veículos. Os investigadores descobriram que havia um carro modelo VW Fox dando apoio à empreita criminosa, próximo ao local em que o carro de aplicativo da vítima estacionou para buscar os passageiros.

Os suspeitos, então, seguiram em fuga com o carro e o corpo da vítima até abandoná-lo em uma área de matagal, próxima à rodovia BR-116, na cidade de Aquiraz. A Polícia Civil segue em investigações à procura do veículo da vítima. Conforme a apuração policial, o grupo vinha praticando esse tipo de ação criminosa há cinco meses contra motoristas de aplicativos.

Os suspeitos foram identificados como Luan Vitor Araújo Silva, de 22 anos; Lucas Monteiro de Freitas, de 21 anos; suspeitos de estarem no local do crime; Bruno Alisson Sousa, de 24 anos, com antecedentes criminais por homicídio, roubo e tráfico de drogas, apontado como articulador do grupo e responsável por planejar as ações criminosas; Helry Monteiro Araújo, de 37 anos, com passagens pela polícia por homicídio e porte ilegal de arma de fogo, que de acordo com as apurações ele teria fornecido o veículo e escondido o primo de Luan para que não ele fosse localizado pela polícia; e Vinícius Mahon Paiva, de 26 anos, suspeito de comprar os produtos roubados pelo grupo e revendê-los em uma loja de venda de automóveis na Capital.

Com informações do Diário do Nordeste.