Foto Fabiane de Paula |
Durante a pandemia, os profissionais da saúde tiveram que se reinventar e viram suas rotinas serem transformadas. Os mais afetados, que somam o maior número de casos confirmados, são os técnicos ou auxiliares de enfermagem (28%), seguidos de enfermeiros (14%) e médicos (9%). Este último grupo soma o maior número de óbitos em decorrência da doença (8).
As informações constam na plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde (Sesa) do Ceará, atualizadas às 17h16 deste domingo (30). O município de Sobral, que já foi considerado o epicentro da pandemia no Ceará, registra o maior número de confirmações entre os Municípios do interior. Um total de 736 profissionais foram infectados - felizmente, nenhum óbito foi registrado.
A cidade só fica atrás de Fortaleza (7.464 casos) no total de registros. Em Sobral, 297 técnicos ou auxiliares de enfermagem foram contaminados, além de 129 enfermeiros e 52 agentes comunitários de saúde. Um total de 49 médicos ficaram doentes e se recuperaram. Fisioterapeutas (31) e recepcionista (21) também registram números elevados.
Superação
O coordenador de enfermagem da emergência da Santa Casa de Misericórdia de Sobral, Hobber Kildare, 42, chegou a ficar seis dias internado na Unidade de Terapia Intensiva da unidade. "Por mais que a gente esteja parametrado, há o risco (de contágio). A gente faz o transporte de pacientes que, às vezes, nem sabem que estão doentes. Aqui, quase todo mundo pegou".
"Ainda hoje, entram pacientes vítimas de acidentes automobilísticos, por exemplo, que nem sabem que estão doentes. Na tomografia que vemos os exames sugestivos para a Covid-19", explica.
O profissional, que já voltou ao trabalho, chegou a ficar com mais de 60% do pulmão comprometido.
Com informações do Diário do Nordeste.