quarta-feira, 10 de junho de 2020

Nove hospitais no Ceará tem 100% de ocupação de UTIs mesmo com diminuição da taxa

No 1º dia de junho, 86,76% das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) do Ceará estavam ocupadas. A partir do início da segunda semana, foi registrado uma diminuição na taxa de ocupação das UTIs no Estado. Nesta terça-feira (9), o número era de 79,69%. Apesar disso, pelo menos nove hospitais seguem com 100% de leitos de UTI preenchidos, enquanto outras cinco unidades operam com 90% da capacidade. O Hospital Regional Norte, por exemplo, um dos maiores da macrorregião de Sobral, é uma delas. No total, são 35 hospitais com leitos ativos de UTI e 78 hospitais com leitos ativos de enfermaria, entre públicos e privados, listados e monitorados pelo IntegraSUS.

Dentre os hospitais funcionando com capacidade máxima, sete estão localizados em Fortaleza, como o Hospital Geral Dr Waldemar Alcântara e a Santa Casa de Misericórdia. A cidade é a que concentra o maior número de casos e mortes do Estado. Apesar de não estar com a capacidade total, uma das unidades referência para o tratamento de Covid-19 na Capital, o Hospital Leonardo da Vinci, ainda segue com 88,89% dos 144 leitos ocupados.

Já em relação a ocupação de enfermarias, o Ceará também teve redução na segunda semana do mês. No dia 1º, a taxa era de 62,35%. Na terça-feira (9), o número era de 51,4%, o que representa uma queda de cerca de 10 pontos percentuais. Ainda assim, dois hospitais funcionam com a capacidade máxima. São eles o Hospital Distrital Gonzaga Mota do bairro José Walter, em Fortaleza, e o Hospital e Maternidade Regional São Francisco. Outros dois estão com mais de 90% da capacidade preenchida, a Santa Casa de Sobral e o Hospital Infantil Albert Sabin, na Capital. Este último também está com os leitos de UTI totalmente ocupados.

Em junho, o Estado passa por um plano de reabertura econômica e retomada de atividades não essenciais. Um dos critérios para avançar às próximas fases da proposta do Governo é a capacidade dos leitos de UTI e enfermaria, bem como a curva de novos óbitos. Nesta semana, a primeira fase iniciou com a reabertura de shoppings e comércios de rua.

A taxa de ocupação de leitos de UTI da rede pública é maior do que a da rede privada. Das UTIs administradas pela rede pública de saúde, 86,59% delas seguem ocupadas, enquanto a taxa desse tipo de leito privado é de 69,1%. A situação inverte em relação às enfermarias, com as públicas tendo 52,3% de ocupação e as privadas 60,3%.

Com informações do Diário do Nordeste.