sexta-feira, 29 de maio de 2020

Chuvas voltam a banhar Acopiara e mais 84 municípios cearenses

O mês de maio, que é o último da quadra chuvosa, se aproxima do final e se mantém com boas chuvas durante a segunda quinzena, em todas as regiões do Ceará. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou, entre 7 horas desta quinta-feira (28) e 7 horas desta sexta-feira (29), chuvas em 85 cidades, conforme balanço parcial, às 11h15.

Entre as 7 horas de quarta-feira (27), e 7 horas de ontem (28), houve registros somente em 16 das 184 cidades cearenses - o menor índice de municípios com precipitações em um intervalo de 24 horas no mês de maio.

Com chuvas em todas as macrorregições do Estado, o Litoral de Fortaleza (média de 14.0 mm), Litoral Norte (13.1 mm), Litoral do Pecém (11.7 mm) e Sertão Central (10.3 mm) foram as mais favorecidas com chuvas nas últimas 24 horas. Conforme o balanço, as cidades de Icapuí (52.0 mm), Aquiraz (49.0 mm) e Quixeramobim (49.0 mm) tiveram os maiores volumes. 

Uruburetama (48.0 mm) e São Gonçalo do Amarante (44.0 mm) fecham a listas das cinco maiores precipitações do intervalo. 

Previsão

De acordo com a Funceme, a previsão de tempo até o próximo domingo (31) é de tempo nublado em todas as regiões com possibilidade de chuva na faixa litorânea, na região Jaguaribana e no Sertão Central e Inhamuns.

As chuvas verificadas nesta segunda quinzena do mês são provocadas por formação de áreas de instabilidade no Oceano Atlântico, associada a influência de um sistema frontal (frente fria), a partir do Leste do Nordeste brasileiro (Pernambuco, Alagoas, Paraíba). Já a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o principal sistema que traz precipitações para o Ceará durante a quadra chuvosa (fevereiro a maio), permanece afastada da costa cearense, sem influência desde o início deste mês.

O sistema meteorológico frontal ou frente fria é uma zona de transição entre uma massa de ar quente e outra de ar frio, que geralmente se forma em regiões de grande contraste térmico. A Funceme explica que este fenômeno se denomina de frente fria, porque tem a massa de ar mais fria que desloca a partir do oceano a massa de ar mais quente, formando nuvens de chuva no continente. 

“Quando o inverno é prolongado, chuva até o fim de maio ou começo de junho favorece muito a manutenção da pastagem nativa (capim) que serve de alimentação para o rebanho bovino, ovino e caprino”, observou o técnico agrícola da Ematerce, Joaquim Virgulino Neto.

“Este ano está sendo assim e isso traz melhoria para a segurança alimentar e criação do gado, reduzindo as despesas dos criadores”, ressalta.

Expectativa

No campo, os produtores rurais estão animados, segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iguatu, Evanilson Saraiva. “Essas últimas chuvas contribuem para o crescimento da lavoura de milho e de feijão que foi cultivada mais tardiamente”, pontuou. “Quem plantou, mesmo por último, vai ter uma boa safra”.

Na manhã desta sexta-feira (29), o agricultor de base familiar veio ao centro de Iguatu para oferecer feijão-verde aos vendedores do mercado central. “A colheita vai começar na próxima semana e vim sondar o preço de compra”, disse. “Vamos ter uma boa safra”. Por enquanto, o quilo do produto está sendo vendido por R$ 10,00, bem acima do preço comercializado na Central de Abastecimento (Ceasa) de Fortaleza e do Cariri.

10 maiores chuvas das últimas 24 horas:

Icapuí (Posto: Barrinha): 52.0 mm

Aquiraz (Posto: Sitio Sapucaia Fagundes): 49.0 mm

Quixeramobim (Posto: Encantado): 49.0 mm

Uruburetama (Posto: Uruburetama): 48.0 mm

Quixeramobim (Posto: Paus Brancos): 45.0 mm

São Gonçalo Do Amarante (Posto: Siupe): 44.0 mm

Uruoca (Posto: Paracua): 43.0 mm

Morrinhos (Posto: Morrinhos): 42.0 mm

Eusébio (Posto: Eusebio): 38.0 mm

Quixeramobim (Posto: Sao Miguel): 36.0 mm

Com informações do Diário do Nordeste.